quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

Novo portal da In Familia


Caros amigos,

A In Familia está a desenvolver um novo portal, por isso, todas os posts até agora aqui publicados estão a ser colocados no endereço:
http://www.infamilia.org/portal/

Convido-o a visitar-nos por lá!
E agradeço desde já as suas sugestões de melhoria!

Nota: estamos em fase de migração de conteúdos e, nesse sentido, alguns links ainda se encontram vazios!
In Familia :: 2008.12.08

sexta-feira, 21 de novembro de 2008

Família, o pilar do modelo social europeu


COMUNICADO


APFN :: 2008.11.20


a APFN congratula-se com o apelo lançado hoje pelo Intergrupo da Família e Protecção da Criança do Parlamento Europeu, por ocasião do Dia Universal da Criança (passado totalmente despercebido em Portugal, envolvido noutras "prioridades"...) que abaixo se reproduz e com que se identifica totalmente.
Intergrupo da Família no Parlamento Europeu faz apelo às Presidências da União Europeia

“É cada vez mais evidente a importância das políticas familiares e o seu impacto no combate ao défice demográfico.” – afirmou o deputado democrata-cristão Ribeiro e Castro, no termo da reunião, hoje, em Estrasburgo, do Intergrupo da Família e Protecção da Infância. A reunião teve por objecto um apelo formal à actual Presidência francesa da União Europeia, bem como às próximas Presidências checa e sueca, no sentido de colocarem a questão da Família e das políticas familiares no eixo principal da agenda europeia.
Ribeiro e Castro, vice-presidente do Intergrupo, recordou: “Venho alertando há muito, junto com os colegas do Intergrupo e as associações que trabalham connosco, para a urgência de colocar a perspectiva familiar no centro da reflexão e das propostas governativas, em todo o espaço da UE.” E concluiu: “Se, inicialmente, este aviso foi desconsiderado, a realidade tem-se encarregado de demonstrar a sua importância e urgência. Este apelo formal às Presidências reforça justamente este desejo, esse imperativo de consciencialização".
Para o Intergrupo da Família e Protecção da Infância, a prioridade desta acção articulada das três Presidências será promover a resolução do problema demográfico, a renovação da Agenda social e das políticas de combate à pobreza, tendo presente as dinâmicas familiares.
O apelo, hoje lançado a partir de Estrasburgo, recorda a Aliança Europeia para a Família, lançada pela Presidência alemã no primeiro semestre de 2007. Criticando que, entretanto, esta anunciada Aliança não tenha tido qualquer sequência prática, nem durante a Presidência portuguesa, nem na Presidência eslovena, o Intergrupo reclama, agora, ao trio das Presidências francesa, checa e sueca a sua estruturação efectiva e pleno desenvolvimento.
A este propósito, o Intergrupo recordou e subscreveu a declaração do Presidente do Parlamento Europeu na cerimónia dos 50 anos do Tratado de Roma: "A família é o pilar do modelo social europeu."
Na reunião de hoje, o Intergrupo da Família e Protecção da Infância assinalou também o facto de, hoje, dia 20 de Novembro, se celebrar o Dia Universal da Criança, nos aniversários da Declaração sobre os Direitos da Criança (1959) e da Convenção sobre os Direitos da Crianças (1989).

quarta-feira, 19 de novembro de 2008

20 de Novembro - Dia Universal da Criança


Comunicado
20 de Novembro - Dia Universal da Criança

APFN :: 2008.11.17

A APFN quer associar-se à comemoração do Dia Universal da Criança, instituído pelas Nações Unidas, não só porque importa recordar esse distante dia 20 de Nov de 1959 como o Dia da Declaração dos Direitos da Criança (declaração esta ratificada em 1989 por 192 países), como também importa lembrar que esses direitos incluem a protecção legal de menores contra abuso, exploração e violação, contra trabalho, sem condições e em excesso, em idade precoce, e protecção do seu direito à educação e saúde, e participação em decisões que afectem o seu futuro.

Apesar dos inequívocos progressos dos últimos 100 anos, sobretudo no mundo ocidental, traduzidos por exemplo, em quebras notórias de mortalidade infantil e em números de acesso à educação e à vacinação, são ainda, e sempre, as crianças, as maiores vítimas tanto da pobreza material, como da espiritual...

Com efeito, estima-se que ocorrem em cada ano mais de 50 milhões de abortos, recusando-se o seu simples direito a nascer, incluindo não só locais onde se vive abaixo do limiar de pobreza, como também o mundo do consumismo e materialismo, onde no meio de um clima de crescente “inverno demográfico” o filho único é tantas vezes visto quase e apenas como um”bibelot”; estima-se ainda, que 40 milhões de menores de 15 anos, sofrem ainda abuso e negligência, que 180 milhões, são forçados a trabalhar nas piores condições de trabalho infantil, que 300.000 são forçados a empunhar armas, como soldados e carne para canhão e que 1,2 milhões são vendidos e comprados para serem usados na prostituição...
Serão porventura estes números menos chocantes que os números das economias mundiais agora em crise?

Quem pode ignorar que famílias fortes, unidas e bem apoiadas por políticas de família e uma assistência eficaz, quando necessária, são o melhor garante de que não faltarão às crianças, o afecto, segurança, sentido de pertença, estímulo e motivação, que lhes permitem um crescimento harmonioso e pleno de potencialidades ?

20 de Novembro é certamente, mais um bom dia de reflexão sobre o verdadeiro bem-estar das nossas crianças, o que nos compete fazer, a cada um - enquanto pais ou apenas cidadãos - mas sobretudo aos que são governantes e têm poder para operar mudanças!

Aprender com...os professores


Helena Garrido

Jornal de Negócios :: 2008.11.18


O pior cego é o que não quer ver. O Governo não pode continuar a afirmar que os professores não querem ser avaliados ou que estão a ser instrumentalizados pelas variadas oposições. Três manifestações em menos de um ano e sindicatos arrastados por movimentos independentes só podem querer dizer que a escola está a funcionar mal.


O mundo do ensino não pode estar recheado de professores que não querem trabalhar, que querem faltar, que não querem ser avaliados, que não querem que os seus alunos sejam bem sucedidos e passem de ano, que estão ao serviço de sindicatos ou oposições ao Governo.


É preciso começar a apelar ao bom senso de quem governa. A cegueira de não querer ver anda de mãos dadas com batalhas contra moinhos de vento, inimigos que se vêem por todo lado, como se quem governa estivesse isolado e fosse o único interessado na prosperidade e progresso do país. As verdades absolutas contribuem mais para o retrocesso que para o progresso, como nos revelam vários casos históricos. O permanente estado de crispação entre a ministra da Educação e os professores está a fazer pior ao ensino, nesta fase, que o bem que faria o novo estatuto ou a avaliação dos professores.


Ninguém com o mínimo de seriedade é contra a mudança na cultura da escola. Todos queremos uma escola em que o trabalho e mérito de professores e alunos sejam premiados. Todos queremos uma escola que ensine melhor e onde não se permita o que estivemos anos a ver, um grupo de professores dedicados, sem qualquer retribuição por isso, enquanto outros - em regra uma minoria - usavam o ensino como meio de ter um rendimento, ou antes, uma renda, ao fim do mês.


Querer não é suficiente para ter. É necessário conseguir concretizar as mudanças sem que a transformação destrua o património fundamental para que o novo ensino não acabe pior que o velho, apesar de todos os bons desejos.


Mudar é sempre difícil, para quem lança a mudança e para quem é alvo dela. Mas a política é isso mesmo, a capacidade de mudar o possível no tempo certo e com o mínimo de contestação. Compreendendo a dor que significa mudar para quem está no terreno e não caindo na tentação de ver em cada obstáculo mãos de opositores que apostam apenas no fracasso.


A ministra da Educação revelou desde o primeiro momento grande capacidade para lançar a mudança no ensino. Mostrou ser menos capaz em ouvir e compreender os custos da reforma no ensino, ajustando a sua velocidade ao ritmo possível da escola.Não se muda o funcionamento de uma escola por decreto. Quando se lê o decreto regulamentar publicado em Maio deste ano e os diversos esclarecimentos do Ministério da Educação percebe-se, mesmo conhecendo mal o funcionamento actual das escolas, as dificuldades que os professores, avaliadores e avaliados, estão a enfrentar.


Uma escola onde o professor basicamente "dava aulas" não se transforma de um dia para o outro, por vontade política, numa escola participada por professores e alunos, numa organização com vida própria, com todos os procedimentos que isso exige.


É preciso abandonar a cegueira ditada pelo medo de ser dado como vencido. A escola e os professores precisam de apoio para concretizarem a mudança.

Fim da discriminação fiscal dos pais casados, unidos de facto ou viúvos

APFN :: 2008.11.14

Comunicado


Fim da discriminação fiscal dos pais casados, unidos de facto ou viúvos

A Associação Portuguesa de Famílias Numerosas (APFN) enviou, no passado dia 3 de Novembro, uma carta a todos os Deputados para que, em sede de análise e discussão na especialidade do Projecto do Orçamento de Estado para 2009, intervenham no sentido de eliminar a discriminação fiscal que recai sobre as famílias de pais casados, unidos de facto ou viúvos.
Recorda-se que, depois da queixa feita pela Associação em 2005, o Provedor de Justiça, em 2007, concluiu que, em alguns casos, as famílias monoparentais podem ser globalmente menos afectadas pela tributação em sede de IRS do que os agregados familiares de pais casados ou unidos de facto, tendo feito recomendações para que se proceda à alteração desta realidade.
O Governo conhece e admite a existência desta injustiça, como faz saber o relatório do Ministério das Finanças, de Maio de 2006. Este documento defende uma maior equidade dos agregados familiares qualquer que seja a situação dos pais, devendo ser adoptadas medidas de tributação e dedução que não sejam diferenciadas pelo estado civil, como é recomendado pela Comissão para o Desenvolvimento da Reforma Fiscal. Apesar disto, nada ainda foi feito que garanta a alteração deste cenário.
A Associação espera que esta grave discriminação não permaneça e que, para a sua alteração, receba o empenho de todos os Deputados.

terça-feira, 18 de novembro de 2008

E-Gerir ensina Jovens a lidar com Orçamento Pessoal

Portal do Cidadão :: 2008.11.10


Foi lançado o programa “E-Gerir”, uma aplicação de cálculo disponível através do Portal da Juventude, que pretende fomentar a literacia financeira e ser uma ferramenta de auxílio na gestão das finanças pessoais dos jovens.
Esta ferramenta permitirá aos jovens aprender a gerir o seu orçamento e, para além de um conjunto de explicações sobre o orçamento – um plano de gestão de rendimentos e despesas –, ensina a classificar e ponderar despesas, ao mesmo tempo que permite descarregar um programa simples através do qual se poderá efectuar a contabilização das receitas e despesas, promovendo automaticamente os cálculos necessários.



Esta iniciativa rege-se pelo princípio de que é necessário educar os jovens para o consumo responsável, ensinando-os e dando-lhes instrumentos que lhes permitam definir, planear e conceber o futuro, ajudando-os a tomar opções mais conscientes. O programa “E-Gerir” resulta de um protocolo entre Instituto Português da Juventude (IPJ), Direcção-Geral do Consumidor (DGC), Fundação para a Divulgação das Tecnologias de Informação (FDTI) e Instituto Superior de Economia e Gestão (ISEG).

CNAI do Porto cria Gabinete de Apoio à Educação para ajudar ImigrantesData


Portal do Cidadão : 2008.11.11


O Centro Nacional de Apoio ao Imigrante (CNAI) do Porto conta desde o início de Novembro de 2008 com um Gabinete do Ministério da Educação, que prestará um serviço de apoio a jovens e adultos imigrantes, em questões relacionadas com ensino e formação profissional.


Este gabinete presta apoio aos imigrantes em questões relacionadas com a educação, nomeadamente no que se refere a matrículas e transferências de estabelecimento de ensino básico ou secundário, ao encaminhamento e integração dos jovens e adultos em cursos de formação profissional, ao auxílio nos processos de obtenção de equivalências ou de candidaturas aos apoios da Acção Social Escolar e à orientação no acesso aos Cursos de Português para Todos ou às Provas de Língua Portuguesa.
Os Centros Nacionais de Apoio ao Imigrante, são um projecto do Alto Comissariado para a Imigração e Diálogo Intercultural (ACIDI) e visam acolher e dar informação aos imigrantes. Os CNAI funcionam em Lisboa e no Porto.

quarta-feira, 12 de novembro de 2008

A mudança foi antes


Público :: 2008.11.12
Rui Ramos , Historiador

Ao reeleger Bush, muitos conservadores pensaram que iriam refazer o mundo à sua imagem e semelhança. Viu-se
Uma adivinha: o que é que tem a retórica de Bill Clinton, as ideias e as políticas de Bill Clinton, o pessoal que serviu Bill Clinton, e ganhou como Bill Clinton em 1992, mas não é Bill Clinton? Resposta: Barack Obama. E porque é que não nos convém vê-lo assim, como a reedição revista dos líderes de esquerda que governaram o Ocidente na década de 1990? Porque não queremos renunciar ao mito da "mudança", que há décadas anima as eleições no Ocidente.
De Obama, numa espécie de racismo virado do avesso, só nos tem interessado a cor da pele. A semana passada, no Washington Post, Anna Applebaum contou a história de uma amiga conservadora, absolutamente determinada a votar McCain, mas que no dia da eleição acabou por escolher Obama, por esta simples razão: porque tinha de votar no primeiro Presidente de cor, de "partilhar" esse momento que até McCain e Bush admitiram ser "histórico". Nesta eleição americana, mesmo a mais avisada gente preferiu, às complexidades do debate político actual, a opção fácil e sentimental de reviver imaginariamente a abolição da escravatura e da segregação, como se tivessem acontecido agora, graças a eles, e não há algumas gerações, com o esforço e sacrifício de outros.
Há aqui um curioso paralelismo: tal como na economia andámos a viver de crédito, passámos em política a viver de símbolos e emoções. O sistema político funcionou desta vez como o sistema financeiro, alavancando velhas retóricas e ideias antigas com um psicodrama histórico, e vendendo depois o pacote como uma novidade absoluta, destinada a fazer os compradores sentirem-se muito contentes consigo próprios e a sua capacidade de mudar.
Os mais determinados em acreditar que Obama vai alterar tudo foram os seus adversários mais facciosos: a direita conservadora americana nunca previu menos do que uma revolução bolchevista. Em contrapartida, à esquerda, já muita gente tem ao lume o conhecido guisado da "esperança traída", que servirá para provar mais uma vez que dos EUA nem bom vento, nem bom presidente.
Não haverá diferenças? É claro que haverá. Mas levarão essas diferenças à grande "transformação" que alguns anteciparam ao festejar Obama? Há quatro anos, ao reeleger Bush, muitos conservadores convenceram-se de quem também eles podiam refazer o mundo à sua imagem e semelhança. Viu-se. O mundo não é plasticina. Para começar, porque este é um mundo em que nem toda a gente pensa da mesma maneira - o que, numa democracia, torna complicadas as refundações. Apesar da impopularidade de Bush, da crise financeira e da simpatia de Obama - isto é, nas piores circunstâncias imagináveis para os republicanos -, 46 por cento do eleitorado escolheu o candidato republicano, que em 2008 conseguiu mais votos do que em qualquer eleição dos últimos 30 anos, excepto 2004.
Obama, cujo principal objectivo há-de ser a reeleição em 2012, não se esquecerá disso. Por alguma razão, ele diz acreditar no casamento como "uma união sagrada" (sic) entre uma mulher e um homem, explica que sairá do Iraque apenas para entrar no Afeganistão, e propõe-se salvar as "classes médias", e não iniciar uma revolução de descamisados. A sua esquerda é aquela que foi corrigida por Clinton para um país mais conservador e mais capitalista do que a Europa.
Ninguém sabe como vai ser a presidência de Obama. Mas sabemos o que ele promete: injectar dinheiro na economia e impedir que o poder dos EUA seja posto em causa. Tal como Bush. No fundo, o grande problema é que nós já mudámos há algum tempo: formamos hoje, no Ocidente, as mais prósperas e envelhecidas sociedades que alguma vez existiram no planeta. Mudar seria talvez reconhecer, não o que podemos, mas o que não podemos. Não podemos sustentar o nível de vida a que nos fomos acostumando, graças ao crédito barato e aos preços baixos made in China. Não podemos esperar um mundo consensual e formatado segundo os nossos padrões e preferências, quando pela primeira vez desde o século XVIII o resto do mundo produz mais valor do que o Ocidente (daqui a 20 anos, a China terá uma economia maior do que a dos EUA). Mas, ao mesmo tempo, os nossos hábitos e expectativas não nos permitem renunciar a nada: nem ao conforto em casa, nem à glória no mundo. Por isso, a política que preferimos é esta: a que fala de uma mudança a acontecer, para não ter de enfrentar a mudança que já aconteceu.
Há anos que andamos a adiar esse momento de lucidez - o que temos conseguido, graças a banqueiros engenhosos e a líderes intervencionistas como Clinton e Bush. Com sorte, talvez Obama consiga adiar o choque da realidade durante mais uns anos.

segunda-feira, 10 de novembro de 2008

EUA/Eleições: Conservadorismo triunfou nos referendos locais

Diário Digital / Lusa :: 2008.11.06

A vaga democrata que levou Barack Obama à Casa Branca, não impediu os norte-americanos de mostrar nos referendos locais o seu apego aos valores tradicionais, rejeitando em vários Estados o casamento homossexual.
Para além do voto presidencial, os eleitores foram também chamados a pronunciar-se sobre 153 referendos e iniciativas populares em 35 Estados.A Florida, o Arizona, o Arkansas e sobretudo a Califórnia adoptaram propostas que proíbem o casamento homossexual. Na Califórnia, apenas seis meses depois do Supremo Tribunal do Estado ter considerado inconstitucional proibir o casamento homossexual, «a Proposta 8», alvo de intensos debates e de uma dispendiosa campanha na Califórnia, propôs uma alteração constitucional, afirmando que «só o casamento entre um homem e uma mulher é um válido e reconhecido na Califórnia». Iniciativa de grupos conservadores, o «8» foi aprovado com 52,1 por cento dos votos a favor e 47,9 por cento contra, o que representa um sério revés para a comunidade homossexual, lançando na incerteza as 18.000 uniões do mesmo sexo concluídas em Califórnia estes últimos meses.
Para além da Califórnia, só o Massachusetts e, recentemente, o Connecticut tinham legalizado o casamento homossexual. Os outros 47 Estados americanos proíbem-no. «Não há nada na linguagem da proposta 8 que diga que é retroactiva, então o nosso casamento continua a ser válido. Mas estamos inquietos pelos jovens», afirmou a uma cadeia da televisão local o actor da série «Star Trek», George Takei, que casou com o seu parceiro Brad Altman em Setembro. No Arizona, a proibição dos casamentos homossexuais foi adoptada por 56 por cento dos votos a favor e 44 por cento contra e na Florida o resultado foi ainda mais claro, com 62 por cento a favor e 38 por cento contra. Entretanto, no Arkansas, os eleitores decidiram impedir a adopção de crianças por casais não casados, homossexuais ou não.
«Estamos desiludidos e tristes com os resultados no Arkansas, Arizona e Florida onde vimos passar leis que visam ferir casais e famílias que se amam», declarou quarta-feira em comunicado Neil Giuliano, presidente da organização de defesa dos direitos dos homossexuais GLAAD. Para Jennie Drage-Bower, analista política para a Conferência Nacional dos Eleitos dos Estados, a rejeição californiana «não é realmente uma surpresa, porque desde 1998 nos cerca de trinta de Estados que se pronunciaram contra o casamento homossexual, apenas um rejeitou a proibição».
Segundo a mesma fonte, a candidatura de Barack Obama favoreceu mesmo a proibição do casamento homossexual, já que, de acordo com as sondagens, os eleitores negros são tendencialmente contra este tipo de união. «A sua candidatura aumentou a participação dos Afro-Americanos que votaram neste sentido», explicou.
Os referendos locais colocaram ainda outra pergunta sensível, caso da discriminação positiva em prol das minorias. Cinco Estados propunham desfazer-se de tais medidas, Arizona, Colorado, Missouri, Nebraska e Oklahoma. A rejeição da discriminação positiva foi aprovada no Nebraska por 58 por cento dos votos a favor e 42 por cento contra, enquanto no Colorado, os resultados definitivos, muito próximos, ainda não são conhecidos mas apontam para uma rejeição.
té agora quatro Estados norte-americanos, Califórnia, Estado de Washington, Michigan e o Nebraska baniram a discriminação positiva. Entre as propostas liberais, o Michigan tornou legal o uso medicinal da marijuana e o Estado de Washington permitiu o suicídio assistido dos pacientes em fase terminal. Limites ao aborto foram também submetidos, em vão, a votação no Dakota do Sul e no Colorado.

Maioria dos americanos a favor de limitar aborto

Zenit http://www.zenit.org/ :: 2008.10.15

90% deseja reduzir os pressupostos para interromper a gravidez


Uma ampla sondagem realizada nos Estados Unidos evidencia que quase todos os cidadãos deste país pensam que o aborto deve ser restringido. A sondagem, realizada para os Cavaleiros de Colombo pelo Instituto Marista de Opinião Pública, entre 24 de setembro e 3 de outubro, tinha como objectivo facilitar a comparação da opinião dos votantes católicos com a do eleitorado em geral.
Perguntava-se qual de seis afirmações era a mais próxima da sua opinião pessoal sobre o aborto. Apenas 8% dos residentes nos Estados Unidos escolheram a afirmação de que o aborto deveria ser livre em qualquer etapa da gravidez.
A mesma percentagem disse que o aborto deveria ser permitido apenas durante os primeiros seis meses de gravidez; 24% se mostraram partidários de colocar limite nos três primeiros meses de gravidez. A maior percentagem, 32%, disse que o aborto deveria ser permitido apenas nos casos de violação, incesto ou para salvar a vida da mãe.
Cerca de 15% optou pela quinta possibilidade: que o aborto seja permitido apenas para salvar a vida da mãe. E 13% dos participantes afirmaram que o aborto não deveria ser permitido em nenhuma circunstância.
A sondagem indica que mesmo entre aqueles que se consideram partidários da «liberdade de escolha», 71% eram favoráveis à restrição do aborto. Destes, 43% queriam restringir o aborto ao primeiro trimestre, 23% só o aceitaria em casos de violação, incesto ou para salvar a vida da mãe.
O supremo cavaleiro de Colombo, Carl Anderson, disse que os resultados da sondagem apontam o facto de que «o termo 'pela liberdade de escolha', quando se aplica amplamente, necessariamente polariza o debate do aborto e mascara o facto de que há um amplo consenso entre os americanos quanto a que o aborto deveria ser restringido de modo significativo».

quarta-feira, 5 de novembro de 2008

Convite


Caros Amigos,


Para o final de tarde desta 6ª feira, dia 7 de Novembro, a In Familia convidou um ilustre amigo para nos acompanhar: Dr. António Pinheiro Torres! Lisboeta, advogado, ex-deputado, e um dos mais activos líderes associativos em Portugal.

Uma pessoa extraordinária que se dispôs a partilhar connosco a sua experiência e sabedoria!


Se preetnder estar presente, envie um e-mail para info@infamilia.org, para providenciarmos o jantar!


Local
IPJ - Instituto Português da Juventude - Rua de Sta Margarida - Braga

Programa
19 h - início da projecção do filme "O Inverno demográfico

20 h - Jantar / convívio (será servido no local pelo preço simbólico a definir conforme o nº de participantes)

21 h - Palestra "O Papel da Família na Sociedade"

- O(s) direito(s) da família: protecção, apoio por parte da sociedade e do Estado

- A relação da família com outras estruturas sociais (associações cívicas, escolas, igrejas, instituições de solidariedade…)


Lá estaremos para 2 dedos de conversa e para aprender qualquer coisa mais!


In abraço!

terça-feira, 4 de novembro de 2008

Despesómetro’ para ajudar Portugueses na Poupança


Portal do Cidadão :: 2008.10.31


Para assinalar o Dia Mundial da Poupança, 31 de Outubro, a Direcção-Geral do Consumidor apresenta o “Despesómetro”, uma ferramenta gratuita que poderá ajudar os portugueses na gestão do orçamento familiar.

A
Direcção-Geral do Consumidor, em parceria com a iniciativa ABC do Dinheiro, disponibiliza na Internet uma ferramenta gratuita de gestão e controlo do orçamento, que pode ser utilizada em qualquer lugar e a qualquer hora – o “Despesómetro”. O download é gratuito e pode ser efectuado online, através do site da iniciativa.

O “Despesómetro” é um software para telemóvel que permite ao cidadão, de forma simples e prática, gerir o orçamento e as despesas do dia-a-dia, estabelecendo limites a gastar em determinada área, bem como verificar quanto e onde já gastou o seu dinheiro em determinada semana ou mês, entre outras funcionalidades.

Ainda a propósito do Dia Mundial da Poupança, também a
Deco lança uma iniciativa que pretende dar algumas respostas à crescente preocupação dos cidadão. Assim, aquela associação vai abrir o seu serviço telefónico ao público em geral, durante o dia 31 de Outubro, para desfazer dúvidas sobre investimentos e produtos financeiros.
Os contactos podem ser efectuados das 10:00h às 13:00h e das 14:00h às 17:00h, através dos telefones 808 200 147 e 21 841 87 89.
José Maria André, Professor Universitário
Alguém já reagiu neste blogue contra a pretensão de que os animais têm os mesmos direitos dos homens. Porque, por mais incrível que pareça, uma associação veio a público defender que a dignidade humana não é um valor superior ao da dignidade dos animais (esta é a posição de uma associação intitulada Animal, ver a referência aqui).

A diferença entre os seres humanos e os bichos é patente aos olhos de todos. Nem é possível pô-la seriamente em causa.
Como interpretar, então, aquela tomada de posição, equiparando os homens aos outros animais?
As limitações dos bichos são de tal ordem que não é possível enganar-se: ninguém discute filosofia com o seu gato, ou pede à rã que lhe conserte o automóvel. Por mais afectividade que se projecte num urso de carne e osso, ou num urso de peluche, ninguém confunde as capacidades de um animal, a ponto de o julgar livre e responsável. ~

Talvez a questão esteja na compreensão do que é o ser humano: para alguns, o ser humano tem vindo a ser tão desprezado na sua dignidade altíssima, que já desceu ao nível dos bichos.
A Associação Animal ilustra um caso extremo da degradação da cultura, mas infelizmente não a podemos tomar como um exemplo sem paralelo.
A sociedade actual regista muitos casos de pessoas profundamente infelizes. Não são necessariamente pobres ou doentes, mas pessoas que não encontram nenhum motivo para viver. Talvez os outros não as desprezem, mas elas desprezam a sua própria vida.
Quando falamos de acolher os outros, de proteger a vida (rejeitando o aborto, a eutanásia e todas as formas de degradação do ser humano), muitas vezes deparamos com interlocutores que não aceitam este ideal e, continuando a conversa, descobrimos que, no fundo, não se aceitam, não vêem em si mesmos um sentido, um valor.

Recordo debates em que alguém, defendendo o aborto, desejava para si mesmo o alívio de não ter nascido.
A vida exige coragem e esforço. Por vezes, os desafios são tão grandes que nem isso basta: são indispensáveis os amigos. E, às vezes, nem isso é suficiente: é preciso estar muito perto de Deus.
Apesar de tudo, a vida também é sinónimo de felicidade. É como aqueles jogos de futebol em que chegamos ao fim transpirados, ofegantes, com alguma nódoa negra... mas que voltaríamos a jogar, ainda com mais entusiasmo.

Os animais não têm o imenso direito de serem felizes. Ficam-se por um contentamento animal, de instinto satisfeito.
Só nós, seres humanos, temos o direito de ser felizes, porque a felicidade é o fruto da liberdade. A liberdade convoca-nos a uma tarefa imensa, uma canseira para toda a vida. Poderá ser extenuante... Vale a pena!

sexta-feira, 31 de outubro de 2008

Prestação da casa 100 euros mais barata nos próximos seis meses


Agência Financeira :: 2008.10.31


A verificar-se a partir de Dezembro


As quedas recentes das taxas Euribor ainda não vão ser suficientes para reduzir os custos com empréstimos para quem revir o crédito em Novembro. Mas a partir de Dezembro já haverá motivos para respirar de alívio. Se as condições do mercado financeiro se mantiverem estáveis, em seis meses a redução dos custos mensais com o empréstimo deverá superar os 20%, refere o «Jornal de Negócios».

Fazendo as contas, uma família que tenha um empréstimo de 100 mil euros, a 30 anos, com um «spread» de 0,7% e indexado à Euribor a seis meses, vai verificar um aumento de cerca de 25 euros na prestação mensal em Novembro. Apesar da subida, o acréscimo foi atenuado pela descida recente da Euribor, já que quando esta taxa atingiu o pico (a 9 de Outubro) o aumento mensal superava os 40 euros. A evolução das prestações têm por base a média mensal da Euribor do mês anterior. Mas a revisão em Novembro deve ser a última a resultar numa subida nos próximos meses, de acordo com o «JdN».
Isto porque o sistema financeiro está a acalmar e o BCE deverá cortar novamente as taxas de juro. Com os juros que estão a ser negociados pelos bancos para o futuro, a descida da prestação mensal nos próximos seis meses deverá superar os 20%, ou seja, mais de 100 euros.

quinta-feira, 16 de outubro de 2008

164 a 190 € de abono de família por filho

APFN :: 2008.10.15

Parece mentira, mas é verdade... na Alemanha!

A Alemanha acaba de aumentar o abono de família para 164 EUR para os primeiros e segundos filhos, 170 EUR para o terceiro e 190 EUR para os filhos de ordem 4 ou superior.

Porque a Alemanha não copia as "originalidades" portuguesas, estes valores são atribuídos independentemente da idade dos filhos e do estado civil e rendimento dos pais.

Estes valores mensais são superiores aos abonos de família que a esmagadora maioria das famílias portuguesas recebe por ano!

Além disto, as famílias alemãs vão poder deduzir 6000 EUR por ano por filho na declaração de IRS (mais 200 EUR que actualmente), de novo independentemente do estado civil e rendimento dos pais ou idade dos filhos, o que, em Portugal, só acontece com os pais solteiros, separados ou divorciados (o que já motivou a reprovação por parte do Provedor de Justiça).

Por isso, não é de admirar que, no ano passado, o Índice Sintético de Fecundidade tenha aumentado em 20% na Alemanha, enquanto que, em Portugal, atingiu um mínimo absoluto. Quando é que Portugal, tão lesto a tentar copiar parvoíces estrangeiras, decide-se a acompanhar, a sério, a esmagadora maioria dos países europeus no combate ao crescente défice demográfico que já ameaça seriamente o seu futuro imediato?

Por que motivo o Governo português mantém as famílias portuguesas a serem fortemente penalizadas relativamente às outras famílias europeias? Quando é que Parlamento e Governo se unem no combate a esta discriminação, de sua única responsabilidade, e que põe em causa a sustentabilidade do país?

15 de Outubro de 2008

APFN - Associação Portuguesa de Famílias Numerosas

Comprar carro vai custar mais


Agência Financeira :: 2008.10.16

Em 2009 imposto sobe em média 11%

Estado espera cobrar 134,8 milhões com o Imposto de Circulação Único.
Em 2009 comprar um carro vai sair mais caro ao bolso dos portugueses. Apesar das benesses fiscais concedidas às famílias e às empresas, o Orçamento do Estado para 2009 prevê um aumento substancial da taxa de Imposto Sobre Veículos (ISV), aplicado à compra de automóveis novos.

O Executivo espera arrecadar 1100 milhões com o ISV, que se traduz num aumento de 16,9% em relação ao valor que estima cobrar em 2008. Segundo a Associação Automóvel de Portugal (ACAP), cada automóvel comprado a partir de Janeiro vai sofrer um agravamento médio de 11% na taxa de ISV. Para Hélder Pedro, secretário-geral da ACAP, a subida evidencia «um retrocesso» do Governo, que há um ano e meio aprovou um regime de tributação amigo dos carros menos poluentes, revela o «Correio da Manhã».

Apesar de o secretário de Estado dos Assuntos Fiscais, Carlos Lobo, justificar a subida com necessidade de «recalibrar os escalões para manter a vertente ambiental do ISV», a par da «retracção de 9% nas vendas», um fiscalista contactado pelo jornal explica o agravamento com a quebra 24,1% de receitas até Agosto.

«O mercado de veículos sujeitos a impostos não se retraiu, registou um crescimento na ordem dos 2%, (pelo que) não deveria haver quebra na receita. No Orçamento para 2008 o Governo reduziu a taxa a um valor superior ao que devia, por isso alguém errou os cálculos», acredita o fiscalista.

Quanto ao Imposto de Circulação Único (ICU), aplicado aos carros com matrícula posterior a Junho de 2007, o Estado espera cobrar 134,8 milhões, mais 28,5% do que as receitas estimadas para 2008 e que representará, segundo as contas da ACAP, uma subida de 2,5% no imposto para os carros de 2007, de 5% para os de 2008 e 10% para as matrículas de 2009.

quarta-feira, 15 de outubro de 2008

Filme Convicções, de Julie Frères

In Familia :: 2008.10.15


Uma realizadora belga esteve em Portugal a filmar a preparação para o referendo do aborto. Andou atrás de pessoas do "Sim" e do "Não" e acabou por fazer um filme em que tenta dar ao público uma visão dos dois lados, com os seus argumentos, formas de actuar, etc..


O filme "Convicções" vai passar em Outubro em várias FNACs do País, e pode ser visto gratuitamente:


07/10 16H FNAC STA CATARINA 13/10 18H FNAC CHIADO

14/10 18H FNAC GAIASHOPPING 16/10 18H FNAC CASCAIS

17/10 21H30 FNAC ALMADA 28/10 21H30 FNAC COIMBRA

sexta-feira, 10 de outubro de 2008

Parlamento: casamento entre homossexuais chumbado


Público
2008.10.10


O Parlamento rejeitou hoje dois projectos de lei, do Bloco de Esquerda e dos Verdes, sobre o casamento homossexuais com os votos contra de deputados do PS, PSD, CDS-PP.O ex-líder da JS Pedro Nuno Santos teve autorização do grupo parlamentar do PS para votar a favor, enquanto o deputado socialista Manuel Alegre quebrou a disciplina de voto imposta pelo partido e apoiou os projectos dos bloquistas e dos verdes.
Em declarações à TSF, Manuel Alegre explicou a sua atitude: "tenho o entendimento de que os deputados exercem livremente o seu voto".
O projecto de lei do Bloco de Esquerda foi chumbado com os votos a favor do grupo parlamentar proponente e dos dois deputados do PS; o PCP, os Verdes e Paulo Pereira Coelho, um dos membros do bancada do PSD, abstiveram-se. Os restantes deputados votaram contra.
Quanto ao segundo projecto de lei, apresentado pelo partido de os Verdes, igualmente chumbado, teve os votos favoráveis do PCP e do grupo proponente, de Manuel Alegre e de Pedro Nuno Santos e também de Paulo Pereira Coelho. O BE e oito deputados do PSD abstiveram-se. No final das votações, vários deputados do PS apresentaram declarações de voto em nome próprio e o partido apresentou igualmente uma em nome da bancada parlamentar, o que gerou risos por parte da oposição.
Nessa declaração de voto o PS afirmou que era a favor do casamento entre homossexuais mas que este não era o momento certo para fazer alterações à lei em vigor.

In Familia alerta deputados sobre casamento homossexual


Diário do Minho :: 2008.10.09


A associação a “In Familia” escreveu aos deputados eleitos nos círculos de Braga e Viana, no sentido de os sensibilizar para a defesa dos valores da família e para os responsabilizar pela posição que tomarem sobre a legalização do casamento de homossexuais perante a população que os elegeu.
Na sua carta, a “In Familia” sublinha que «estará particularmente atenta» às posições que os deputados em causa irão assumir no debate na Assembleia da República e subsequente votação e às razões das mesmas. Além disso, «não deixará de, em tempo oportuno, dar a conhecer aos cidadãos do Minho o modo como os seus deputados agiram, nesta como noutras matérias da mesma índole», avisa a associação.
A “In Familia” esclarece também que não é movida por qualquer objectivo partidário, mas apenas pela convicção de que «o futuro da nossa sociedade passa pela família natural, constituída por meio do casamento entre um homem e uma mulher e aberta à geração dos filhos, pelo que qualquer intervenção do Estado desvirtuando esta realidade fundamental, além de ir ao arrepio
das convicções da maioria dos portugueses, contradiz os deveres constitucionais do mesmo
Estado de proteger a Família e promover o bem-estar de toda a sociedade».
A associação diz ter tomado a iniciativa atendendo aos valores que considera «fundamentais para o presente e o futuro da nossa vida colectiva», considerando ser seu dever salientar que «tal debate não corresponde a nenhuma urgência social»; que «não há um problema relativamente ao reconhecimento em lei do direito de tais pessoas à não-discriminação»; que, a ser aprovado, este projecto de lei constituiria «mais um rude golpe na instituição familiar, a qual urge proteger e não destruir».
«A haver necessidade de legislar no sentido de proteger direitos de pessoas do mesmo sexo com vida em comum, tal deverá ser feito de modo adequado e nunca invocando e desvirtuando o instituto legal do casamento, pois desta forma, o Estado não protege direitos, pois os mesmos não
existem, nem promove igualdade, pois nenhuma discriminação é feita», conclui.

Casamento

Elias Couto

2008.10.10

No casamento entre um homem e uma mulher, o amor é sinal de vida... dada e transmitida. As relações homossexuais falham isto e falham o essencial... e não podem ser casamento... e o Estado nada pode fazer... mesmo se pretende o contrário...

Certas coisas estão para além da política, das leis, do Estado... porque lhe são anteriores. O casamento é uma delas: é entre um homem e uma mulher, é da natureza mesma das coisas. O resto são arremedos... ao sabor das ideologias, das pressões e das modas.

quinta-feira, 2 de outubro de 2008

Isto acaba mal

João Cesar das Neves, professor universitário

Destak :: 2008.10.02

Neste momento de crise profunda, em que o sistema económico-financeiro parece derrocar em todo o lado, ouvem-se os comentadores de esquerda repetir, abanando a cabeça, que sempre tinham avisado disto. Não faltam até previsões de estertor final do capitalismo e prenúncios de um mundo novo.

Estas opiniões têm toda a razão, pois aqui se situa o principal defeito do sistema em que vivemos, que um dia o pode destruir. A economia de mercado vive permanentemente à beira do abismo e, por vezes, como em 1929, cai mesmo lá dentro. O nosso sistema baseia-se na liberdade de iniciativa. E a liberdade tem destes percalços. Podem culpar-se muitas leis, decisões, organismos, até erros e crimes, mas tudo isto só acontece devido à liberdade incontrolada.

Mas tais opiniões equivalem também a um homem que vai de carroça, vê um avião cair e afirma: «Eu bem disse que isto acabava mal!» O cocheiro tem toda a razão, mas não é por isso que as pessoas vão deixar de voar e voltar às seguras diligências.

As críticas são válidas. Mas os que as fazem não notam que o computador em que as escrevem e o blogue, jornal ou televisão em que as expressam existem apenas graças ao sistema que tanto abominam. Até a aspirina que tomam para tratar as dores de cabeça que o capitalismo lhes causa foi produzida graças aos produtos financeiros que lhes dão dores de cabeça.

Crises tão terríveis são, afinal, os custos daquele sistema que nos traz a prosperidade. Aquela mesma prosperidade que usamos para criticar o sistema. A insegurança, incerteza e até o tumulto são custos da liberdade.

A culpa morre solteira


José Luís Seixas


Destak :: 2008.10.01


O "divórcio sem culpa" agora perfilhado pelo PS é uma pura "manobra de diversão". Atento o estado do País e as dificuldades da governação, interessa a quem manda lançar uns foguetes para entreter os governados, distraindo-os dos seus problemas. Ainda mais quando a esquerda pula e avança, deglutindo margens eleitorais socialistas que urge recuperar. E como não vai lá pelo governo, vai pelos costumes. É a receita de Zapatero em Espanha que Sócrates replica com vénia.
Mas é bom que se diga que a facilitação do divórcio, ou a eliminação da culpa na dissolução do casamento, em nada muda o apoquentado quotidiano dos casais portugueses. E, em vez de adornos de "modernidade" discutível, o legislador deveria observar a realidade das famílias. Vivem com dificuldades crescentes.

A compatibilização entre a vida familiar e as exigências do trabalho é uma falácia redonda. Estes tempos difíceis colocam em conflito a empregabilidade dos pais e o exercício presente da parentalidade. O mercado da habitação, as dificuldades de acesso ao crédito e a ausência de medidas correctivas de apoio depositam as famílias da classe média nas periferias urbanas, com as decorrentes consequências. O sistema fiscal trata com iniquidade inqualificável as famílias legalmente constituídas e com filhos, considerando deduções para as despesas com a vida e a educação das crianças absolutamente ridículas.

Como alguém avisadamente disse um dia, «o Estado, independentemente dos Governos, tem tratado mal a família, esquecido que ela é bastante mais do que uma associação de pessoas. Repare-se na diferenciação do tratamento dos custos das famílias e das empresas. Se a mulher-a-dias auferisse salário idêntico numa empresa, esta deduziria a totalidade dos seus salários como custo efectivo, enquanto a família é onerada com a taxa para a segurança social e nenhuma dedução fiscal.»

Tudo isto parece bem mais importante que a supressão da culpa. Tanto mais que, como diz o povo, ela acaba sempre por morrer solteira e enjeitada!

terça-feira, 30 de setembro de 2008

Comunicado - Erro grosseiro do Eurostat

APFN :: 2008.09.02

Conforme amplamente divulgado pela comunicação social, o Eurostat publicou, na semana passada, as projecções demográficas para os próximos 50 anos, até 2060. Este estudo pode ser consultado no site do Eurostat em http://epp.eurostat.ec.europa.eu/portal/page?_pageid=1073,46587259&_dad=portal&_schema=PORTAL&p_product_code=KS-SF-08-072.

Olhando apenas para os números respeitantes a Portugal, verificamos, na página 11, que foi assumido um índice sintético de fertilidade de 1.54!!! Se observarmos a evolução do índice sintético de fertilidade nos últimos 25 anos, como é que alguém, de forma séria, pode assumir que este vai para 1,54?

Pelo contrário, como qualquer pessoa vê, a tendência é de continuação da queda! É pelo facto de as projecções demográficas do EUROSTAT (assim como da UNFPA, a nível mundial, e do INE a nível nacional) partirem de pressupostos errados que os diversos governos têm tardado a tomar as medidas adequadas levando a um cada vez mais rigoroso Inverno demográfico, assim como a estas projecções terem que ser periodicamente revistas em baixa, como a APFN tem vindo a denunciar.
Por este motivo, a APFN recomenda ao Governo que não acredite nos números aí apresentados. Apenas a título de exemplo, basta olhar para a tabela 2, que dá um crescimento da população portuguesa até 2010, quando em 2008 já vai haver uma redução. Em 2007, o saldo natural já foi negativo.




Por estas e por outras, a APFN desenvolveu no início do ano passado o seu próprio programa para efectuar projecções de população residente, e que pode ser descarregado a partir do seu site.


No próximo dia 27 de Setembro, no seminário que irá realizar na Assembleia da Repúblicairá com o programa que será divulgado na próxima semana, a APFN apresentará a actualização do Caderno 16 com os dados obtidos em 2007 e que, desde já informamos, irá apontar, de forma realista, para números muitíssimo piores do que os projectados, de forma irrealista, pelo Eurostat.
A APFN apela aos eurodeputados portugueses para denunciarem, no Parlamento Europeu, a falta de seriedade deste estudo, e fazerem a necessária pressão para que o Eurostat seja mais rigoroso e cuidadoso nos trabalhos que efectua.
A APFN aproveita a oportunidade para chamar a atenção de que, enquanto pouco se poderá fazer para se melhorar o panorama nos próximos dez anos (a não ser um inevitável forte corte nas pensões de reforma), o mesmo já não é verdade no que diz respeito aos números para 2040 e 2060. Com efeito, é agora que irão nascer ou não os activos em 2040. Se os actuais casais jovens tiverem filhos em número suficiente, o terrível cenário para 2040 a 2060 não ocorrerá!
Obviamente que, se em Portugal, Governo e Parlamento prosseguirem nas políticas crescentemente anti-família e anti-natalistas das últimas dezenas de anos, particularmente agravadas na actual legislatura, o cenário será bem pior que o previsto!
APFN - Associação Portuguesa de Famílias Numerosas
Rua José Calheiros,15 1400-229 Lisboa
Tel: 217 552 603 - 919 259 666 - 917 219 197 Fax: 217 552 604

População Europeia Envelhece

O estudo do Eurostat ‘Ageing characterises the demographic perspectives of the European societies' prevê que a população dos 27 aumentará de 495 milhões para 521 milhões no ano de 2035, posteriormente, começará a decrescer até aos 506 milhões no ano de 2060.
Em 2035, 25,4% da população europeia terá mais de 65 anos, contra os 17% actuais. A partir de 2015, o número de mortes ultrapassará os nascimentos e o crescimento natural da população cessará, desse momento em diante a imigração será o único factor que determinará o crescimento populacional.

Apesar do estudo afirmar que o envelhecimento da população deverá ser uma preocupação global, são apontados alguns casos mais dramáticos do que outros.
Nomeadamente na Alemanha (30,2% da população com mais de 65 anos em 2035), Itália (28,6) e Eslovénia (27,4). Por outro lado, a Irlanda e o Chipre serão os países com a população mais jovem, com uma população idosa de 17,6% e 19%, respectivamente.
Em Portugal a população com mais de 65% atingirá os 24,9%.

Famílias com Novos Apoios para Habitação


Portal do Cidadão :: 2008.07.11


O Conselho de Ministros de 10 de Julho aprovou duas medidas no âmbito da habitação, que alteram o IRS, IMI e contratos bancários para favorecer as famílias mais pobres.


A primeira medida altera as deduções do IRS com imóveis, majorando as despesas com a habitação própria e permanente, que incluem os juros, em função da matéria colectável, beneficiando os escalões com menor rendimento.

Enquanto que a segunda reduz as taxas máximas do IMI relativas aos prédios urbanos avaliados e não avaliados, em 0,1%, permitindo que os municípios possam fixar as taxas por freguesias, e alarga a isenção de IMI para a habitação própria permanente de seis para oito anos, para prédios com Valor Tributável até 157 500 euros, e de três para quatro anos, para prédios de 157 500 euros até 236 250 euros.

Foi ainda aprovado um diploma que reforça a mobilidade dos empréstimos à habitação e elimina obstáculos à sua renegociação, para fazer face ao agravamento das taxas de juro, bem como uma medida, a submeter ao Parlamento, que prevê uma taxa de 25% sobre as mais valias potenciais das empresas petrolíferas resultantes da actual escalada de preços.

O m€u dinh€iro €stá €m risco? - 20 respostas


Jornal de Negócios :: 2008.09.26

O meu banco ou seguradora estão em risco e com eles as minhas poupanças? E os encargos com o meu empréstimo, como os posso reduzir? Saiba ao que deve estar atento e com o que não vale a pena preocupar-se. E como pode reduzir encargos.

(aconselhamos a leitura integral do artigo e destacamos aqui a resposta nº 4.)


4. Como reduzir a prestação da casa?
Alargar o prazo do contrato, solicitar ao banco um período em que só paga juros e não amortiza capital ou o adiamento de parte do capital para o fim do contrato, passar de taxa variável para taxa fixa e pagar parte do empréstimo. São cinco vias para reduzir a prestação da casa, dependente da situação orçamental de cada pessoa.


Começando pelo aumento do prazo do contrato: se ainda o conseguir fazer, permite-lhe aliviar a prestação porque paga o empréstimo durante mais anos. Tem um "custo", a casa sai mais cara.


O período de carência (de pagamento de juros) alivia a prestação no curto prazo mas aumenta a seguir, porque os juros serão contabilizados e somar-se-ão ao capital.


Quanto ao diferimento de capital, que corresponde a transferir para o fim do contrato uma fatia do empréstimo, também reduz a prestação agora mas aumenta-a no futuro quando tiver de pagar esse capital acumulado com juros.

Qualquer um destes dois casos atira para o futuro maiores encargos, cabendo-lhe avaliar se a sua situação de dificuldade é apenas transitória.


O recurso à taxa fixa é a receita para quem gosta de saber quanto vai pagar ao longo de um determinado período, sem estar dependente das evoluções da Euribor no curto prazo. Mas esta solução não reduz, em regra, a prestação.


A última via para reduzir a prestação é amortizar uma parte da dívida. Na actual conjuntura em que poucas aplicações se podem orgulhar de ter um risco muito baixo, há quem considere que o melhor destino a dar a algum dinheiro que se tenha de parte é pagar as dívidas. Terá de fazer as contas e ver se lhe vale mais ter o dinheiro aplicado ou usá-lo para pagar pelo menos parte do crédito à habitação.

Não há talentos grátis



António Pinto Leite



Expresso :: 2008.09.27

Cada empresa portuguesa, assim como Portugal como país, deve perguntar-se: onde estaremos daqui a dez anos com a gestão do talento que hoje fazemos?
As comunicações atenuaram as distâncias de tal modo que a geografia deixou de ser o factor competitivo que antes foi.

O capital é relevante, mas em campeonatos homogéneos não faz a diferença.
As máquinas ainda são importantes em muitos sectores, mas a boa gestão pode compensar a diferenciação competitiva que daí resultaria.
A geografia, o capital e a máquina foram substituídos por outro activo diferenciador, pelo talento. O factor competitivo que faz a diferença na economia de hoje é o talento.

O talento sempre fez diferença, hoje faz toda a diferença.
O talento é um bem escasso, o talento é um bem por desenvolver.
O talento é um bem escasso, como uma matéria-prima essencial. Consegui-lo, mantê-lo e desenvolvê-lo é o desafio mais importante das organizações modernas de alto desempenho.
Mesmo ao nível de uma nação, reter os seus próprios talentos e atrair talentos estrangeiros é uma estratégia crítica para a sua afirmação e para o seu sucesso.

A justiça social depende da produção de riqueza, a produção de riqueza depende de empresas competitivas, as empresas competitivas dependem do talento e a atracção do talento depende de uma cultura de mérito. Assim, uma política de atracção de talentos e de promoção de uma cultura de mérito é, em si mesma, uma política de justiça social.

Os estudos demonstram que as organizações com fraca gestão do talento apresentam resultados significativamente inferiores àquelas que gerem estrategicamente o talento.
Ao nível de um país é igual: um país sem mentalidade de mérito e sem gestão do talento - do sistema educativo básico à exigência universitária, do ambiente familiar ao discurso político - perderá os seus próprios talentos.
O talento alimenta-se de desafios e um país sem desafios estimulantes desinteressa os talentos. Não há talentos grátis.
O talento é um bem que se desenvolve. É um dom, uma característica inata, mas é sempre um diamante por lapidar.

O desenvolvimeto competitivo do talento depende de toda a organização estar entranhada e envolvida nesse desafio.
Nas organizações fortes, a gestão do talento é uma responsabilidade assumida por todos; nas organizações em perda, a gestão do talento é uma tarefa dos Recursos Humanos. Nas organizações fortes, os sistemas de avaliação identificam e premeiam o talento, mas também quem melhor gere o talento; nas organizações em perda, os sistemas de avaliação não enfrentam esta questão e são frágeis a promover distinções.

Nas organizações em perda, a liderança das pessoas segue rotinas, vê o que acontece em vez de fazer acontecer, administra e organiza mais do que lidera e atrai. Nas organizações fortes, a liderança das pessoas é atribuída a pessoas inspiradoras, com sentido estratégico, com mente forte e capazes de ser saudavelmente incómodas. Numa interessante expressão inglesa, pessoas «impact-oriented».
Cada empresa portuguesa, assim como Portugal como país, deve perguntar-se: onde estaremos daqui a dez anos com a gestão do talento que hoje fazemos?

AMI apela à reutilização de consumíveis informáticos e de telemóveis


AMI :: 2008.09.30


A reutilização destes equipamentos permite poupar matérias-primas e energia, ao mesmo tempo que reduz o volume de resíduos produzido
A actual produção de resíduos e o consumo de matérias-primas e de energia não são comportáveis com as capacidades do planeta para os regenerar, e este problema torna-se ainda mais insustentável à medida que novos países se juntam ao grupo dos industrializados e consumistas, como é o caso actual da China e da Índia.
A solução para este problema pode passar por acções tão simples como reencher os seus tinteiros e toners vazios ou como enviar o seu telemóvel velho para países menos desenvolvidos, onde este será reutilizado.
A AMI desenvolveu um projecto que serve de exemplo àquilo que pode ser feito. O encaminhamento de 440 mil consumíveis informáticos e telemóveis para reutilização permitiu angariar 220 mil euros, mostrando assim que este problema pode ao mesmo tempo ser uma oportunidade. Estes fundos foram utilizados no financiamento das Equipas de Rua da AMI, que prestam apoio social e psicológico aos sem-abrigo com o objectivo de melhorar a sua qualidade de vida.
Para além de 6.000 empresas que participam neste projecto através dos seus escritórios, vários estabelecimentos e juntas de freguesia já se disponibilizaram para ajudar a AMI na recolha dos equipamentos.
Encaminhe este e-mail, divulgue no seu site ou blog, distribua os nossos folhetos e cartazes.



Para saber como reutilizar os seus consumíveis informáticos e telemóveis, contacte: reciclagem@ami.org.pt.


Fundação AMI
Rua José do Patrocínio, 49 1949-008 Lisboa Tel. 218 362 100 Fax 218 362 199

Criada Rede Nacional de Responsabilidade Social

Portal do Cidadão :: 2008.09.25

Fruto do trabalho que tem vindo a ser desenvolvido por empresas, administração pública, associações e organizações não governamentais e coordenado pelo Instituto de Soldadura e Qualidade, foi recentemente criada a Rede de Responsabilidade Social das Organizações (RSOpt).

Desenvolvida no âmbito da iniciativa Equal, a RSOpt visa implementar a responsabilidade social em Portugal, que se traduz na integração voluntária de preocupações sociais, económicas e ambientais por parte das organizações, públicas e privadas, nas suas operações e na sua interacção com outras partes interessadas.

Neste sentido, foram associados esforços para a criação de uma Rede Nacional sem fins lucrativos nem quotizações, que procure dinamizar actividades de promoção e implementação de responsabilidade social em Portugal, quer nas instituições públicas quer nas empresas e organizações privadas.

Actualmente o número de membros chega aos 40, estimando-se que no fim do corrente ano possam chegar perto das 200 empresas ou organizações membro da RSOpt.

Está também prevista a realização de uma campanha a nível nacional nos media - rádio, TV e imprensa escrita e online - a dinamizar até ao final de 2008, com o intuito de sensibilizar as pessoas em geral e sobretudo trabalhadores, gestores e empresários para a importância de mudar atitudes, rumo à responsabilidade social e desenvolvimento sustentável.

Revisão do Crédito à Habitação sem Comissões


Portal do Cidadão :: 2008.09.25


Entra hoje em vigor o Decreto-Lei n.º 171/2008 de 26 de Agosto que aprova as novas medidas para a renegociação dos empréstimos à habitação, nomeadamente a isenção de pagamento de comissões aos bancos por este serviço.

Com esta alteração os clientes das instituições bancárias podem pedir a revisão dos seus créditos à habitação, nomeadamente para alargar o prazo ou renegociar o spread sem que isso represente um encargo para os mesmos.

Actualização de 2,8% nas Rendas em 2009


Portal do Cidadão :: 2008.09.25

Em 2009 as rendas poderão ser actualizadas em 2,8%. Este valor para o aumento das rendas foi publicado em Diário da República, através do Aviso n.º 23786/2008.

Esta actualização aplica-se a todos os tipos de arrendamento e terá que ser comunicada pelos senhorios aos inquilinos com um mínimo de 30 dias de antecedência.

sexta-feira, 26 de setembro de 2008

Egoísmo


João César das Neves, Professor universitário
DESTAK :: 2008.09.25

Se uma pessoa rouba um banco é corrupto ou bate num amigo é considerado um bandido, um canalha, um miserável. Mas abandonar cônjuge e filhos não é minimamente criticável.

Actualmente já ninguém diz que um homem sério e digno nunca largará a sua família por piores que sejam as dificuldades. Já ninguém pensa que uma mulher que se preze não deixa marido e filhos quaisquer que sejam as circunstâncias. Estas certezas, que guiaram a nossa sociedade durante séculos, são relíquias antiquadas e obsoletas.

Dizer a alguém que saiu de casa que ele é um devasso, um crápula, é algo que nem sequer nos passa pela cabeça. E se passasse, seria imediatamente criticado como inaceitável violação da liberdade e privacidade. Se essa pessoa fumar em locais fechados ou contribuir para o aquecimento global será severamente censurado. Mas faltar aos deveres conjugais e paternais é algo normal, comum, desculpável. Agora até a lei, tão asfixiante noutros assuntos, criou os casamentos descartáveis e os divórcios «simplex».

Casar e ter filhos é hoje igualzinho ao que sempre foi. As juras de amor continuam eternas e a infidelidade permanece a suprema traição. Repudiar estas promessas e largar estes compromissos mantém-se uma infâmia inqualificável. Que alguns displicentemente classificam como modernidade progressiva.

Hoje somos severos com os tempos antigos e ridicularizamos marialvas pedantes e românticas vitorianas. Um dia os nossos descendentes olharão com muita estranheza e repúdio este tempo incrível em que o egoísmo e a luxúria tentaram atingir a respeitabilidade.

Só uma escola exigente é democrática

Pedro Picoito, Docente do Instituto Superior de Educação e Ciências
Público :: 2008.09.25
Condenar todos os alunos à mediocridade é o melhor que a democracia portuguesa tem para lhes oferecer?
Por estes dias, milhão e meio de alunos portugueses voltam às aulas.
Vão encontrar um sistema de ensino burocratizado, centralista e ineficiente. Irão para a escola que o Estado impõe aos seus pais, de acordo com a área de residência ou de trabalho. Talvez não tenham ainda todos os professores nos primeiros dias, porque a colocação de contratados é um processo nacional de tentativa e erro. Alguns acabarão o ano sem dar todo o programa de Português ou de Matemática por causa da indisciplina dos colegas ou da desmotivação dos professores. Vão encontrar, sobretudo, um sistema que, ao fim de um século de ensino obrigatório, ainda não ultrapassou o maior desafio da escola pública: conciliar a igualdade de oportunidades e a procura da excelência.
É o mesmo dilema entre a paixão da igualdade e a paixão da liberdade que Tocqueville via no coração da democracia moderna. Na França jacobina, a igualdade do Terror venceu a liberdade da Revolução. Com as devidas distâncias de uma analogia histórica, algo de semelhante se passa hoje no ensino português.
Vejamos um exemplo: os exames nacionais. O Governo socialista anunciou há dias, com retumbante publicidade, que a taxa de retenções (ou "chumbos") no ensino básico e secundário do ano passado foi a mais baixa da década. No entanto, segundo a Sociedade Portuguesa de Matemática e a Associação de Professores de Português, isso aconteceu porque os exames foram deliberadamente facilitados. Nivelaram-se as notas para embelezar as estatísticas. O Ministério da Educação esquece que este admirável mundo novo da igualdade acaba também com o incentivo à excelência. Para quê estudar, se Maria de Lurdes Rodrigues dará a todos os alunos, no fim do ano, outro milagre das rosas?
Mas será isso verdadeiramente democrático? Condenar todos os alunos à mediocridade, mesmo aqueles que pelo seu esforço chegariam mais longe, é o melhor que a democracia portuguesa tem para lhes oferecer? Acredito que não. Só uma escola exigente é democrática. O ensino formal que os mais pobres não receberem na escola dificilmente virão a receber em contextos informais como a família ou a comunidade local. E, sem um ensino de qualidade, entrarão na vida activa em desvantagem - se conseguirem entrar na vida activa. Só um sistema que permite a real liberdade de escolha dos pais é socialmente justo. Se as famílias estão descontentes com uma escola, devem ter o direito de optar por outra dentro do sistema público. Não há real liberdade de escolha, se o Estado limita a opção à ditadura do número da porta. Ou à largueza da bolsa doméstica.
Essa exigência e essa liberdade só serão possíveis com a avaliação das escolas. Não basta avaliar os professores para melhorar o ensino. Um professor não trabalha isolado - e, se o faz, algo vai mal. Há que avaliar os resultados de cada escola, responsabilizando as direcções e dando-lhes a maior autonomia pedagógica e administrativa para criar um projecto educativo próprio.
É urgente reforçar o peso científico dos programas. Os alunos não têm que passar mais tempo nas aulas: basta diminuir a carga, de resto muito ideológica, das áreas curriculares não-disciplinares. A disciplina de Português não tem que ensinar tolerância e multiculturalismo, mas gramática e ortografia. A disciplina de Matemática não tem que ensinar a respeitar a opinião dos outros, mas que 1+1=2 (independentemente das opiniões). Só uma escola onde se ensina que 1+1=2 pode ensinar o respeito pelos outros. Porque respeita o conhecimento, respeita os alunos, respeita as famílias e respeita os contribuintes que a pagam.
O país pode fazer mais e melhor para vencer o desafio da educação.

Comunicado: Paraíso ou inferno?


Ontem, mais um crime terrível na Finlândia, feito por um "jovem simpático", "acima de qualquer suspeita", no paraíso da Escandinávia.Há anos que acontecem coisas destas, em todo o "mundo civilizado": jovens simpáticos, acima de qualquer suspeita, entram na escola a matar e suicidam-se (ou são mortos no tiroteio). Em Portugal isso ainda não aconteceu. Por enquanto, "apenas" roubos, volência, agressão a professores, transpote de armas (coisa pouca...) mas ainda não houve mortos. Este "fenómeno" está estudadíssimo "lá fora".
Cá dentro, não é politicamente correcto dizer-se: a crescente dissolução conjugal aumenta dez a vinte vezes a incidência de delinquência e criminalidade juvenis, insucesso escolar, gravidez adolescente. A falta do pai em casa é a causa principal. A Escandinávia, como modelo social, é paraíso ou inferno (título de um filme dos anos 70)? Infelizmente, os portugueses estão a obter a resposta ao "vivo e a cores", enquanto Parlamento e Governo aceleram a fundo nessa direcção, liberalizando ainda mais o divórcio, e o Estado português adopta os ecológicos princípios da pesca desportiva na Justiça: apanha-se o "peixe", pesa-se e tira-se fotografia para a posteridade, e liberta-se de novo, para manter a "espécie" e continuar a ser possível pescar... (garantem-se, assim, os postos de trabalho de todos).
Na cada vez menor população activa, há uma cada vez maior percentagem de população ocupada como polícia ou ladrão. Os outros, são alvo dos ladrões e têm que pagar aos polícias. Vai sobrar alguma coisa para "relançar a economia" e pagar pensões de reforma? Entretanto, o Parlamento está preocupado com outras coisas, no género "bué da fixe", e bate palmas. A APFN espera que, mais tarde ou mais cedo (quanto mais tarde, pior), Governo e Parlamento prestem atenção à direcção em que Portugal está a ir. Não é, ao contrário do que propangandeiam, na direcção do Paraíso.

24 de Setembro de 2008
APFN - Associação Portuguesa de Famílias Numerosas
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segunda-feira, 22 de setembro de 2008

Regresso às aulas - Onde gastar menos

Jornal de Negócios online :: 2008.09.19

O início do ano lectivo pode revelar-se uma verdadeira dor de cabeça para os pais.
O Negócios tentou aliviar esta preocupação e descobriu as melhores opções
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Para muitos pais, o mês de Setembro é sinónimo de ir às compras. O regresso às aulas cruza-se com o fim das férias para muitos portugueses e o começo do ano lectivo obriga a um esforço financeiro considerável, com as compras do material para a escola. Mas como o tempo é de crise e a necessidade fala mais alto, saiba como pode poupar se fizer as escolhas certas e se não se deixar seduzir pelas marcas mais atraentes. Veja onde pode encontrar as soluções mais em conta e descubra como comprar um cabaz escolar por menos de 25 euros.

O Negócios vestiu a pele da maioria dos pais nesta altura do ano e constituiu um cabaz com o material escolar indispensável. Escolhidos os objectos necessários era altura de analisar as várias opções no mercado, escolhendo os produtos mais acessíveis de cada unidade comercial visitada.
Mochila, estojo, esferográficas, lápis, borracha, afia, régua, esquadro, compasso, dossier, separadores, folhas, papel de desenho e lápis de cor e marcadores, para colorir, formam o cabaz essencial para voltar às aulas. Claro que muitas vezes os pais não resistem aos apelos emocionais dos filhos e acabam por optar pelos produtos da moda, que resultam num encargo superior e, muitas vezes, desnecessário. Mas a actual conjuntura não se compadece com preferências dos mais novos e, por isso mesmo, o Negócios optou por descobrir como pagar menos pelo material escolar para os seus filhos este ano lectivo.

As contas estão à vista. Por um preço médio de 24,65 euros é possível comprar o cabaz completo. Ainda assim, os preços variam e as especificidades dos objectos são mais do que muitas. Das quatro unidades comerciais visitadas - Continente (Colombo), Jumbo (online), Pingo Doce (Sassoeiros - Oeiras) e Papelaria Fernandes (Av. Berna) - o primeiro revelou-se o mais barato. Por apenas 18,56 euros é possível adquirir o leque completo do material seleccionado.

Pelo contrário, a Papelaria Fernandes assumiu-se como a mais dispendiosa para os mesmos produtos. O total do cabaz ascendeu 33 euros, superando em cerca de dez euros o preço médio das superfícies analisadas. Entre os dois extremos, o Jumbo e o Pingo Doce ocupam o segundo e o terceiro lugar, respectivamente. No supermercado do grupo Auchan, o saldo é de 20,55 euros, enquanto na superfície Jerónimo Martins salta para 25,94 euros.

Tal como na generalidade dos produtos, também no material escolar os objectos de marca própria revelam-se mais económicos. Entre estes, mais uma vez, os da Papelaria Fernandes se destacam como os mais caros. A inflacionar o total da conta no Pingo Doce está a ausência de material de marca branca, ao contrário do que acontece nos restantes.

Mochila, estojo, compasso e marcadores são mesmo o objectos mais dispendiosos do material definido, daí que seja sobretudo nestes produtos que uma escolha acertada pode fazer a diferença na hora de pagar. Novamente é no Continente e no Jumbo que pode encontrar estes acessórios aos melhores preços.

É certo que para as crianças uma mochila da Barbie ou do Homem Aranha pode ser mais atraente, mas outra sem estes adereços tem a mesma utilidade e pode aliviar o seu encargo nesta altura do ano. Por isso, antes de ir às compras analise bem as várias hipóteses e opte pelas soluções mais amigas do seu orçamento familiar.

Quatro opções de mercado analisadasEntre as superfícies consultadas, o Continente revelou-se a opção mais económica, enquanto a Papelaria Fernandes se demonstrou a mais cara. A diferença entre optar por uma ou pela outra pode traduzir-se numa poupança próxima de 15 euros. O Negócios fez as contas e chegou à conclusão de que pode adquirir um cabaz de material escolar pelo preço médio de 24,65 euros.

quinta-feira, 18 de setembro de 2008

A laicidade positiva

José Luís Seixas
Destak :: 2008.09.17

O êxito da visita papal a França é reconhecido pela generalidade dos observadores.A presença entusiástica e participativa de 250 000 pessoas na celebração de Paris é um facto de relevância inelutável e uma demonstração impressiva de Fé colectiva.

Há, porém, um momento, certamente menos grandioso e espectacular, que ultrapassou o carácter apostólico da Visita, mas que assumiu uma importância invulgar no domínio do político. Refiro-me ao notável discurso (ver aqui) proferido pelo presidente Sarkozy no dia 12 de Setembro, no Palácio do Eliseu, dominado pela dissecação do conceito da"laicidade positiva", um "neologismo político" por ele criado aquando da sua campanha eleitoral. A «laicidade positiva», considera Sarkozy, «é a laicidade aberta, é um convite ao diálogo, à tolerância e ao respeito». Oferece às nossas consciências a possibilidade de uma reflexão serena e solidária, para lá das crenças e dos ritos, sobre o sentido que queremos dar às nossas vidas, singular e colectivamente perspectivadas.
Não ignora, não demoniza, não exclui, não subestima a importância das religiões no desenvolvimento humano, na moralização do capitalismo financeiro, na busca do bem comum como fim último da actividade política, colhendo possivelmente no legado de Teilhard de Chardin a convergência radical na preservação e salvaguarda da dignidade humana. Convergência excepcional - como sublinha Sarkozy - entre a experiência humana, as grandes tradições filosóficas e religiosas e a própria busca da razão.

E remata: «Conheço a importância das religiões na resposta à necessidade de esperança dos homens e não menosprezo a necessidade de esperança.»

Palavras avisadas por entre a tempestade que a Humanidade atravessa.José Luís Seixas