terça-feira, 12 de fevereiro de 2008

Apontamentos sobre o encontro de balanço de um ano depois do referendo (resumo)

José Maria André :: Algarve Pela Vida
http://algarvepelavida.blogspot.com/ :: 2008.02.10

Dia 9 de Fevereiro, a Federação Portuguesa pela Vida e os representantes de várias associações do País encontraram-se com o público presente e a Comunicação Social, para fazer o balanço deste último ano que passou desde o referendo. (...)

Isilda Pegado, Presidente da Federação, apresentou algumas informações desenvolvendo a tese de que a legislação actual é contrária aos Direitos Humanos fundamentais. Mostrou como a liberalização do aborto gera novas formas de violência.

Bruno Almeida, de Braga, fez uma exposição muito interessante do que a InFamilia tem feito no Minho. Campanhas de rua, site, blog, boletins, recolhas de assinaturas, cursos de formação, conferências, promoção de apoios a mães e a famílias...

A representação do Algarve Pela Vida referiu a orientação de apoiar as estruturas já existentes, em particular o SOS Vida. Assim como outras instituições, por exemplo colaborando na angariação de fundos do PAV. Neste momento, um dos projectos em curso (que também já vem de trás) é o Lar da Mãe. Está a decorrer a campanha de recolha de fundos para esta iniciativa, sob a coordenação dos responsáveis da Cáritas. Entre outras acções de promoção da vida, mencionou-se a aplicação do dinheiro que sobrou da campanha para fazer uma divulgação massiva do SOS Vida nos centros educativos do distrito, através de impressos e calendários escolares.
Não podia faltar a referência a este blogue, que tem sido um instrumento formidável de boa campanha pela vida. (...) Infelizmente, foi preciso mencionar também alguns atropelos a direitos básicos dos profissionais por parte das autoridades de saúde do distrito, a ponto de ter sido necessário prestar apoio jurídico aos objectores de consciência, tarefa de que se encarregaram alguns advogados da equipa do Algarve pela Vida.

A seguir, Pedro Giões, falou das actividades levadas a cabo no Alentejo.
Têm feito muito e querem conjugar esforços entre si e manter os contactos nacionais, que considerou como um grande apoio para o trabalho no terreno.

Joana Tinoco Faria do Ponto de Apoio à Vida descreveu, com bastantes dados quantitativos, a acção do PAV. Muito interessante, o trabalho que têm feito. Já atenderam mais de 1000 mães grávidas. As estatísticas que apresentou constituem um exemplo maravilhoso para todos.
No final da intervenção, referindo-se ao trabalho do PAV e de tantas outras associações ali presentes, Pedro Vassalo comentou que estava ali quem de facto conhece melhor os casos extremos e faz por os resolver.

Luís Rosário, médico, abordou temas relacionados com o exercício da Medicina e o direito à vida. Falou do código deontológico, mas não fez um discurso para médicos, pelo contrário, tratou de assuntos bem dirigidos a todos nós.

Manuel Gonçalves apresentou um estudo estatístico sobre o aborto. Como sabemos, em todos os países, a liberalização do aborto faz o aborto aumentar de ano para ano: a taxa média anual de crescimento do número de abortos anda pelos 5~6% ao ano, ultrapassando os 10% nalguns países, como a Espanha. Em Portugal ainda é cedo para perceber qual é a taxa média de aumento do número de abortos por ano, mas os dados disponíveis confirmam que o aborto disparou em Portugal. Talvez se acabe o ano com cerca de 10.000 abortos no nosso País.
Como ponto positivo, registou o aumento importante (65% mais) de mães grávidas que foram acolhidas no conjunto das associações e entidades que apoiam a vida, em todo o País.

António Pinheiro Torres fez a última intervenção. Incisiva, entusiástica. Com grandes aplausos. Lembrou a todos a grandeza da tarefa em que estamos metidos, destinada a marcar a História. Não nos transmitiu amargura, pelos dramas tristíssimos relacionados com o aborto. Deixou-nos mais responsáveis, mais comprometidos na construção de uma civilização mais feliz, em que cada pessoa seja mais acolhida e mais estimada.

No momento em que a sessão terminava, recebi o primeiro telefone dos que tinham ficado no Algarve, a pedir notícias: respondi que a Comunicação Social não estava, mas tenho que me corrigir. No meio do público que enchia o auditório, ainda não os tinha visto, mas despois apercebi-me: lá estavam as equipas da SIC, da TVI, da RTP, da rádio, etc.

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