sexta-feira, 21 de novembro de 2008

Família, o pilar do modelo social europeu


COMUNICADO


APFN :: 2008.11.20


a APFN congratula-se com o apelo lançado hoje pelo Intergrupo da Família e Protecção da Criança do Parlamento Europeu, por ocasião do Dia Universal da Criança (passado totalmente despercebido em Portugal, envolvido noutras "prioridades"...) que abaixo se reproduz e com que se identifica totalmente.
Intergrupo da Família no Parlamento Europeu faz apelo às Presidências da União Europeia

“É cada vez mais evidente a importância das políticas familiares e o seu impacto no combate ao défice demográfico.” – afirmou o deputado democrata-cristão Ribeiro e Castro, no termo da reunião, hoje, em Estrasburgo, do Intergrupo da Família e Protecção da Infância. A reunião teve por objecto um apelo formal à actual Presidência francesa da União Europeia, bem como às próximas Presidências checa e sueca, no sentido de colocarem a questão da Família e das políticas familiares no eixo principal da agenda europeia.
Ribeiro e Castro, vice-presidente do Intergrupo, recordou: “Venho alertando há muito, junto com os colegas do Intergrupo e as associações que trabalham connosco, para a urgência de colocar a perspectiva familiar no centro da reflexão e das propostas governativas, em todo o espaço da UE.” E concluiu: “Se, inicialmente, este aviso foi desconsiderado, a realidade tem-se encarregado de demonstrar a sua importância e urgência. Este apelo formal às Presidências reforça justamente este desejo, esse imperativo de consciencialização".
Para o Intergrupo da Família e Protecção da Infância, a prioridade desta acção articulada das três Presidências será promover a resolução do problema demográfico, a renovação da Agenda social e das políticas de combate à pobreza, tendo presente as dinâmicas familiares.
O apelo, hoje lançado a partir de Estrasburgo, recorda a Aliança Europeia para a Família, lançada pela Presidência alemã no primeiro semestre de 2007. Criticando que, entretanto, esta anunciada Aliança não tenha tido qualquer sequência prática, nem durante a Presidência portuguesa, nem na Presidência eslovena, o Intergrupo reclama, agora, ao trio das Presidências francesa, checa e sueca a sua estruturação efectiva e pleno desenvolvimento.
A este propósito, o Intergrupo recordou e subscreveu a declaração do Presidente do Parlamento Europeu na cerimónia dos 50 anos do Tratado de Roma: "A família é o pilar do modelo social europeu."
Na reunião de hoje, o Intergrupo da Família e Protecção da Infância assinalou também o facto de, hoje, dia 20 de Novembro, se celebrar o Dia Universal da Criança, nos aniversários da Declaração sobre os Direitos da Criança (1959) e da Convenção sobre os Direitos da Crianças (1989).

quarta-feira, 19 de novembro de 2008

20 de Novembro - Dia Universal da Criança


Comunicado
20 de Novembro - Dia Universal da Criança

APFN :: 2008.11.17

A APFN quer associar-se à comemoração do Dia Universal da Criança, instituído pelas Nações Unidas, não só porque importa recordar esse distante dia 20 de Nov de 1959 como o Dia da Declaração dos Direitos da Criança (declaração esta ratificada em 1989 por 192 países), como também importa lembrar que esses direitos incluem a protecção legal de menores contra abuso, exploração e violação, contra trabalho, sem condições e em excesso, em idade precoce, e protecção do seu direito à educação e saúde, e participação em decisões que afectem o seu futuro.

Apesar dos inequívocos progressos dos últimos 100 anos, sobretudo no mundo ocidental, traduzidos por exemplo, em quebras notórias de mortalidade infantil e em números de acesso à educação e à vacinação, são ainda, e sempre, as crianças, as maiores vítimas tanto da pobreza material, como da espiritual...

Com efeito, estima-se que ocorrem em cada ano mais de 50 milhões de abortos, recusando-se o seu simples direito a nascer, incluindo não só locais onde se vive abaixo do limiar de pobreza, como também o mundo do consumismo e materialismo, onde no meio de um clima de crescente “inverno demográfico” o filho único é tantas vezes visto quase e apenas como um”bibelot”; estima-se ainda, que 40 milhões de menores de 15 anos, sofrem ainda abuso e negligência, que 180 milhões, são forçados a trabalhar nas piores condições de trabalho infantil, que 300.000 são forçados a empunhar armas, como soldados e carne para canhão e que 1,2 milhões são vendidos e comprados para serem usados na prostituição...
Serão porventura estes números menos chocantes que os números das economias mundiais agora em crise?

Quem pode ignorar que famílias fortes, unidas e bem apoiadas por políticas de família e uma assistência eficaz, quando necessária, são o melhor garante de que não faltarão às crianças, o afecto, segurança, sentido de pertença, estímulo e motivação, que lhes permitem um crescimento harmonioso e pleno de potencialidades ?

20 de Novembro é certamente, mais um bom dia de reflexão sobre o verdadeiro bem-estar das nossas crianças, o que nos compete fazer, a cada um - enquanto pais ou apenas cidadãos - mas sobretudo aos que são governantes e têm poder para operar mudanças!

Aprender com...os professores


Helena Garrido

Jornal de Negócios :: 2008.11.18


O pior cego é o que não quer ver. O Governo não pode continuar a afirmar que os professores não querem ser avaliados ou que estão a ser instrumentalizados pelas variadas oposições. Três manifestações em menos de um ano e sindicatos arrastados por movimentos independentes só podem querer dizer que a escola está a funcionar mal.


O mundo do ensino não pode estar recheado de professores que não querem trabalhar, que querem faltar, que não querem ser avaliados, que não querem que os seus alunos sejam bem sucedidos e passem de ano, que estão ao serviço de sindicatos ou oposições ao Governo.


É preciso começar a apelar ao bom senso de quem governa. A cegueira de não querer ver anda de mãos dadas com batalhas contra moinhos de vento, inimigos que se vêem por todo lado, como se quem governa estivesse isolado e fosse o único interessado na prosperidade e progresso do país. As verdades absolutas contribuem mais para o retrocesso que para o progresso, como nos revelam vários casos históricos. O permanente estado de crispação entre a ministra da Educação e os professores está a fazer pior ao ensino, nesta fase, que o bem que faria o novo estatuto ou a avaliação dos professores.


Ninguém com o mínimo de seriedade é contra a mudança na cultura da escola. Todos queremos uma escola em que o trabalho e mérito de professores e alunos sejam premiados. Todos queremos uma escola que ensine melhor e onde não se permita o que estivemos anos a ver, um grupo de professores dedicados, sem qualquer retribuição por isso, enquanto outros - em regra uma minoria - usavam o ensino como meio de ter um rendimento, ou antes, uma renda, ao fim do mês.


Querer não é suficiente para ter. É necessário conseguir concretizar as mudanças sem que a transformação destrua o património fundamental para que o novo ensino não acabe pior que o velho, apesar de todos os bons desejos.


Mudar é sempre difícil, para quem lança a mudança e para quem é alvo dela. Mas a política é isso mesmo, a capacidade de mudar o possível no tempo certo e com o mínimo de contestação. Compreendendo a dor que significa mudar para quem está no terreno e não caindo na tentação de ver em cada obstáculo mãos de opositores que apostam apenas no fracasso.


A ministra da Educação revelou desde o primeiro momento grande capacidade para lançar a mudança no ensino. Mostrou ser menos capaz em ouvir e compreender os custos da reforma no ensino, ajustando a sua velocidade ao ritmo possível da escola.Não se muda o funcionamento de uma escola por decreto. Quando se lê o decreto regulamentar publicado em Maio deste ano e os diversos esclarecimentos do Ministério da Educação percebe-se, mesmo conhecendo mal o funcionamento actual das escolas, as dificuldades que os professores, avaliadores e avaliados, estão a enfrentar.


Uma escola onde o professor basicamente "dava aulas" não se transforma de um dia para o outro, por vontade política, numa escola participada por professores e alunos, numa organização com vida própria, com todos os procedimentos que isso exige.


É preciso abandonar a cegueira ditada pelo medo de ser dado como vencido. A escola e os professores precisam de apoio para concretizarem a mudança.

Fim da discriminação fiscal dos pais casados, unidos de facto ou viúvos

APFN :: 2008.11.14

Comunicado


Fim da discriminação fiscal dos pais casados, unidos de facto ou viúvos

A Associação Portuguesa de Famílias Numerosas (APFN) enviou, no passado dia 3 de Novembro, uma carta a todos os Deputados para que, em sede de análise e discussão na especialidade do Projecto do Orçamento de Estado para 2009, intervenham no sentido de eliminar a discriminação fiscal que recai sobre as famílias de pais casados, unidos de facto ou viúvos.
Recorda-se que, depois da queixa feita pela Associação em 2005, o Provedor de Justiça, em 2007, concluiu que, em alguns casos, as famílias monoparentais podem ser globalmente menos afectadas pela tributação em sede de IRS do que os agregados familiares de pais casados ou unidos de facto, tendo feito recomendações para que se proceda à alteração desta realidade.
O Governo conhece e admite a existência desta injustiça, como faz saber o relatório do Ministério das Finanças, de Maio de 2006. Este documento defende uma maior equidade dos agregados familiares qualquer que seja a situação dos pais, devendo ser adoptadas medidas de tributação e dedução que não sejam diferenciadas pelo estado civil, como é recomendado pela Comissão para o Desenvolvimento da Reforma Fiscal. Apesar disto, nada ainda foi feito que garanta a alteração deste cenário.
A Associação espera que esta grave discriminação não permaneça e que, para a sua alteração, receba o empenho de todos os Deputados.

terça-feira, 18 de novembro de 2008

E-Gerir ensina Jovens a lidar com Orçamento Pessoal

Portal do Cidadão :: 2008.11.10


Foi lançado o programa “E-Gerir”, uma aplicação de cálculo disponível através do Portal da Juventude, que pretende fomentar a literacia financeira e ser uma ferramenta de auxílio na gestão das finanças pessoais dos jovens.
Esta ferramenta permitirá aos jovens aprender a gerir o seu orçamento e, para além de um conjunto de explicações sobre o orçamento – um plano de gestão de rendimentos e despesas –, ensina a classificar e ponderar despesas, ao mesmo tempo que permite descarregar um programa simples através do qual se poderá efectuar a contabilização das receitas e despesas, promovendo automaticamente os cálculos necessários.



Esta iniciativa rege-se pelo princípio de que é necessário educar os jovens para o consumo responsável, ensinando-os e dando-lhes instrumentos que lhes permitam definir, planear e conceber o futuro, ajudando-os a tomar opções mais conscientes. O programa “E-Gerir” resulta de um protocolo entre Instituto Português da Juventude (IPJ), Direcção-Geral do Consumidor (DGC), Fundação para a Divulgação das Tecnologias de Informação (FDTI) e Instituto Superior de Economia e Gestão (ISEG).

CNAI do Porto cria Gabinete de Apoio à Educação para ajudar ImigrantesData


Portal do Cidadão : 2008.11.11


O Centro Nacional de Apoio ao Imigrante (CNAI) do Porto conta desde o início de Novembro de 2008 com um Gabinete do Ministério da Educação, que prestará um serviço de apoio a jovens e adultos imigrantes, em questões relacionadas com ensino e formação profissional.


Este gabinete presta apoio aos imigrantes em questões relacionadas com a educação, nomeadamente no que se refere a matrículas e transferências de estabelecimento de ensino básico ou secundário, ao encaminhamento e integração dos jovens e adultos em cursos de formação profissional, ao auxílio nos processos de obtenção de equivalências ou de candidaturas aos apoios da Acção Social Escolar e à orientação no acesso aos Cursos de Português para Todos ou às Provas de Língua Portuguesa.
Os Centros Nacionais de Apoio ao Imigrante, são um projecto do Alto Comissariado para a Imigração e Diálogo Intercultural (ACIDI) e visam acolher e dar informação aos imigrantes. Os CNAI funcionam em Lisboa e no Porto.

quarta-feira, 12 de novembro de 2008

A mudança foi antes


Público :: 2008.11.12
Rui Ramos , Historiador

Ao reeleger Bush, muitos conservadores pensaram que iriam refazer o mundo à sua imagem e semelhança. Viu-se
Uma adivinha: o que é que tem a retórica de Bill Clinton, as ideias e as políticas de Bill Clinton, o pessoal que serviu Bill Clinton, e ganhou como Bill Clinton em 1992, mas não é Bill Clinton? Resposta: Barack Obama. E porque é que não nos convém vê-lo assim, como a reedição revista dos líderes de esquerda que governaram o Ocidente na década de 1990? Porque não queremos renunciar ao mito da "mudança", que há décadas anima as eleições no Ocidente.
De Obama, numa espécie de racismo virado do avesso, só nos tem interessado a cor da pele. A semana passada, no Washington Post, Anna Applebaum contou a história de uma amiga conservadora, absolutamente determinada a votar McCain, mas que no dia da eleição acabou por escolher Obama, por esta simples razão: porque tinha de votar no primeiro Presidente de cor, de "partilhar" esse momento que até McCain e Bush admitiram ser "histórico". Nesta eleição americana, mesmo a mais avisada gente preferiu, às complexidades do debate político actual, a opção fácil e sentimental de reviver imaginariamente a abolição da escravatura e da segregação, como se tivessem acontecido agora, graças a eles, e não há algumas gerações, com o esforço e sacrifício de outros.
Há aqui um curioso paralelismo: tal como na economia andámos a viver de crédito, passámos em política a viver de símbolos e emoções. O sistema político funcionou desta vez como o sistema financeiro, alavancando velhas retóricas e ideias antigas com um psicodrama histórico, e vendendo depois o pacote como uma novidade absoluta, destinada a fazer os compradores sentirem-se muito contentes consigo próprios e a sua capacidade de mudar.
Os mais determinados em acreditar que Obama vai alterar tudo foram os seus adversários mais facciosos: a direita conservadora americana nunca previu menos do que uma revolução bolchevista. Em contrapartida, à esquerda, já muita gente tem ao lume o conhecido guisado da "esperança traída", que servirá para provar mais uma vez que dos EUA nem bom vento, nem bom presidente.
Não haverá diferenças? É claro que haverá. Mas levarão essas diferenças à grande "transformação" que alguns anteciparam ao festejar Obama? Há quatro anos, ao reeleger Bush, muitos conservadores convenceram-se de quem também eles podiam refazer o mundo à sua imagem e semelhança. Viu-se. O mundo não é plasticina. Para começar, porque este é um mundo em que nem toda a gente pensa da mesma maneira - o que, numa democracia, torna complicadas as refundações. Apesar da impopularidade de Bush, da crise financeira e da simpatia de Obama - isto é, nas piores circunstâncias imagináveis para os republicanos -, 46 por cento do eleitorado escolheu o candidato republicano, que em 2008 conseguiu mais votos do que em qualquer eleição dos últimos 30 anos, excepto 2004.
Obama, cujo principal objectivo há-de ser a reeleição em 2012, não se esquecerá disso. Por alguma razão, ele diz acreditar no casamento como "uma união sagrada" (sic) entre uma mulher e um homem, explica que sairá do Iraque apenas para entrar no Afeganistão, e propõe-se salvar as "classes médias", e não iniciar uma revolução de descamisados. A sua esquerda é aquela que foi corrigida por Clinton para um país mais conservador e mais capitalista do que a Europa.
Ninguém sabe como vai ser a presidência de Obama. Mas sabemos o que ele promete: injectar dinheiro na economia e impedir que o poder dos EUA seja posto em causa. Tal como Bush. No fundo, o grande problema é que nós já mudámos há algum tempo: formamos hoje, no Ocidente, as mais prósperas e envelhecidas sociedades que alguma vez existiram no planeta. Mudar seria talvez reconhecer, não o que podemos, mas o que não podemos. Não podemos sustentar o nível de vida a que nos fomos acostumando, graças ao crédito barato e aos preços baixos made in China. Não podemos esperar um mundo consensual e formatado segundo os nossos padrões e preferências, quando pela primeira vez desde o século XVIII o resto do mundo produz mais valor do que o Ocidente (daqui a 20 anos, a China terá uma economia maior do que a dos EUA). Mas, ao mesmo tempo, os nossos hábitos e expectativas não nos permitem renunciar a nada: nem ao conforto em casa, nem à glória no mundo. Por isso, a política que preferimos é esta: a que fala de uma mudança a acontecer, para não ter de enfrentar a mudança que já aconteceu.
Há anos que andamos a adiar esse momento de lucidez - o que temos conseguido, graças a banqueiros engenhosos e a líderes intervencionistas como Clinton e Bush. Com sorte, talvez Obama consiga adiar o choque da realidade durante mais uns anos.

segunda-feira, 10 de novembro de 2008

EUA/Eleições: Conservadorismo triunfou nos referendos locais

Diário Digital / Lusa :: 2008.11.06

A vaga democrata que levou Barack Obama à Casa Branca, não impediu os norte-americanos de mostrar nos referendos locais o seu apego aos valores tradicionais, rejeitando em vários Estados o casamento homossexual.
Para além do voto presidencial, os eleitores foram também chamados a pronunciar-se sobre 153 referendos e iniciativas populares em 35 Estados.A Florida, o Arizona, o Arkansas e sobretudo a Califórnia adoptaram propostas que proíbem o casamento homossexual. Na Califórnia, apenas seis meses depois do Supremo Tribunal do Estado ter considerado inconstitucional proibir o casamento homossexual, «a Proposta 8», alvo de intensos debates e de uma dispendiosa campanha na Califórnia, propôs uma alteração constitucional, afirmando que «só o casamento entre um homem e uma mulher é um válido e reconhecido na Califórnia». Iniciativa de grupos conservadores, o «8» foi aprovado com 52,1 por cento dos votos a favor e 47,9 por cento contra, o que representa um sério revés para a comunidade homossexual, lançando na incerteza as 18.000 uniões do mesmo sexo concluídas em Califórnia estes últimos meses.
Para além da Califórnia, só o Massachusetts e, recentemente, o Connecticut tinham legalizado o casamento homossexual. Os outros 47 Estados americanos proíbem-no. «Não há nada na linguagem da proposta 8 que diga que é retroactiva, então o nosso casamento continua a ser válido. Mas estamos inquietos pelos jovens», afirmou a uma cadeia da televisão local o actor da série «Star Trek», George Takei, que casou com o seu parceiro Brad Altman em Setembro. No Arizona, a proibição dos casamentos homossexuais foi adoptada por 56 por cento dos votos a favor e 44 por cento contra e na Florida o resultado foi ainda mais claro, com 62 por cento a favor e 38 por cento contra. Entretanto, no Arkansas, os eleitores decidiram impedir a adopção de crianças por casais não casados, homossexuais ou não.
«Estamos desiludidos e tristes com os resultados no Arkansas, Arizona e Florida onde vimos passar leis que visam ferir casais e famílias que se amam», declarou quarta-feira em comunicado Neil Giuliano, presidente da organização de defesa dos direitos dos homossexuais GLAAD. Para Jennie Drage-Bower, analista política para a Conferência Nacional dos Eleitos dos Estados, a rejeição californiana «não é realmente uma surpresa, porque desde 1998 nos cerca de trinta de Estados que se pronunciaram contra o casamento homossexual, apenas um rejeitou a proibição».
Segundo a mesma fonte, a candidatura de Barack Obama favoreceu mesmo a proibição do casamento homossexual, já que, de acordo com as sondagens, os eleitores negros são tendencialmente contra este tipo de união. «A sua candidatura aumentou a participação dos Afro-Americanos que votaram neste sentido», explicou.
Os referendos locais colocaram ainda outra pergunta sensível, caso da discriminação positiva em prol das minorias. Cinco Estados propunham desfazer-se de tais medidas, Arizona, Colorado, Missouri, Nebraska e Oklahoma. A rejeição da discriminação positiva foi aprovada no Nebraska por 58 por cento dos votos a favor e 42 por cento contra, enquanto no Colorado, os resultados definitivos, muito próximos, ainda não são conhecidos mas apontam para uma rejeição.
té agora quatro Estados norte-americanos, Califórnia, Estado de Washington, Michigan e o Nebraska baniram a discriminação positiva. Entre as propostas liberais, o Michigan tornou legal o uso medicinal da marijuana e o Estado de Washington permitiu o suicídio assistido dos pacientes em fase terminal. Limites ao aborto foram também submetidos, em vão, a votação no Dakota do Sul e no Colorado.

Maioria dos americanos a favor de limitar aborto

Zenit http://www.zenit.org/ :: 2008.10.15

90% deseja reduzir os pressupostos para interromper a gravidez


Uma ampla sondagem realizada nos Estados Unidos evidencia que quase todos os cidadãos deste país pensam que o aborto deve ser restringido. A sondagem, realizada para os Cavaleiros de Colombo pelo Instituto Marista de Opinião Pública, entre 24 de setembro e 3 de outubro, tinha como objectivo facilitar a comparação da opinião dos votantes católicos com a do eleitorado em geral.
Perguntava-se qual de seis afirmações era a mais próxima da sua opinião pessoal sobre o aborto. Apenas 8% dos residentes nos Estados Unidos escolheram a afirmação de que o aborto deveria ser livre em qualquer etapa da gravidez.
A mesma percentagem disse que o aborto deveria ser permitido apenas durante os primeiros seis meses de gravidez; 24% se mostraram partidários de colocar limite nos três primeiros meses de gravidez. A maior percentagem, 32%, disse que o aborto deveria ser permitido apenas nos casos de violação, incesto ou para salvar a vida da mãe.
Cerca de 15% optou pela quinta possibilidade: que o aborto seja permitido apenas para salvar a vida da mãe. E 13% dos participantes afirmaram que o aborto não deveria ser permitido em nenhuma circunstância.
A sondagem indica que mesmo entre aqueles que se consideram partidários da «liberdade de escolha», 71% eram favoráveis à restrição do aborto. Destes, 43% queriam restringir o aborto ao primeiro trimestre, 23% só o aceitaria em casos de violação, incesto ou para salvar a vida da mãe.
O supremo cavaleiro de Colombo, Carl Anderson, disse que os resultados da sondagem apontam o facto de que «o termo 'pela liberdade de escolha', quando se aplica amplamente, necessariamente polariza o debate do aborto e mascara o facto de que há um amplo consenso entre os americanos quanto a que o aborto deveria ser restringido de modo significativo».

quarta-feira, 5 de novembro de 2008

Convite


Caros Amigos,


Para o final de tarde desta 6ª feira, dia 7 de Novembro, a In Familia convidou um ilustre amigo para nos acompanhar: Dr. António Pinheiro Torres! Lisboeta, advogado, ex-deputado, e um dos mais activos líderes associativos em Portugal.

Uma pessoa extraordinária que se dispôs a partilhar connosco a sua experiência e sabedoria!


Se preetnder estar presente, envie um e-mail para info@infamilia.org, para providenciarmos o jantar!


Local
IPJ - Instituto Português da Juventude - Rua de Sta Margarida - Braga

Programa
19 h - início da projecção do filme "O Inverno demográfico

20 h - Jantar / convívio (será servido no local pelo preço simbólico a definir conforme o nº de participantes)

21 h - Palestra "O Papel da Família na Sociedade"

- O(s) direito(s) da família: protecção, apoio por parte da sociedade e do Estado

- A relação da família com outras estruturas sociais (associações cívicas, escolas, igrejas, instituições de solidariedade…)


Lá estaremos para 2 dedos de conversa e para aprender qualquer coisa mais!


In abraço!

terça-feira, 4 de novembro de 2008

Despesómetro’ para ajudar Portugueses na Poupança


Portal do Cidadão :: 2008.10.31


Para assinalar o Dia Mundial da Poupança, 31 de Outubro, a Direcção-Geral do Consumidor apresenta o “Despesómetro”, uma ferramenta gratuita que poderá ajudar os portugueses na gestão do orçamento familiar.

A
Direcção-Geral do Consumidor, em parceria com a iniciativa ABC do Dinheiro, disponibiliza na Internet uma ferramenta gratuita de gestão e controlo do orçamento, que pode ser utilizada em qualquer lugar e a qualquer hora – o “Despesómetro”. O download é gratuito e pode ser efectuado online, através do site da iniciativa.

O “Despesómetro” é um software para telemóvel que permite ao cidadão, de forma simples e prática, gerir o orçamento e as despesas do dia-a-dia, estabelecendo limites a gastar em determinada área, bem como verificar quanto e onde já gastou o seu dinheiro em determinada semana ou mês, entre outras funcionalidades.

Ainda a propósito do Dia Mundial da Poupança, também a
Deco lança uma iniciativa que pretende dar algumas respostas à crescente preocupação dos cidadão. Assim, aquela associação vai abrir o seu serviço telefónico ao público em geral, durante o dia 31 de Outubro, para desfazer dúvidas sobre investimentos e produtos financeiros.
Os contactos podem ser efectuados das 10:00h às 13:00h e das 14:00h às 17:00h, através dos telefones 808 200 147 e 21 841 87 89.
José Maria André, Professor Universitário
Alguém já reagiu neste blogue contra a pretensão de que os animais têm os mesmos direitos dos homens. Porque, por mais incrível que pareça, uma associação veio a público defender que a dignidade humana não é um valor superior ao da dignidade dos animais (esta é a posição de uma associação intitulada Animal, ver a referência aqui).

A diferença entre os seres humanos e os bichos é patente aos olhos de todos. Nem é possível pô-la seriamente em causa.
Como interpretar, então, aquela tomada de posição, equiparando os homens aos outros animais?
As limitações dos bichos são de tal ordem que não é possível enganar-se: ninguém discute filosofia com o seu gato, ou pede à rã que lhe conserte o automóvel. Por mais afectividade que se projecte num urso de carne e osso, ou num urso de peluche, ninguém confunde as capacidades de um animal, a ponto de o julgar livre e responsável. ~

Talvez a questão esteja na compreensão do que é o ser humano: para alguns, o ser humano tem vindo a ser tão desprezado na sua dignidade altíssima, que já desceu ao nível dos bichos.
A Associação Animal ilustra um caso extremo da degradação da cultura, mas infelizmente não a podemos tomar como um exemplo sem paralelo.
A sociedade actual regista muitos casos de pessoas profundamente infelizes. Não são necessariamente pobres ou doentes, mas pessoas que não encontram nenhum motivo para viver. Talvez os outros não as desprezem, mas elas desprezam a sua própria vida.
Quando falamos de acolher os outros, de proteger a vida (rejeitando o aborto, a eutanásia e todas as formas de degradação do ser humano), muitas vezes deparamos com interlocutores que não aceitam este ideal e, continuando a conversa, descobrimos que, no fundo, não se aceitam, não vêem em si mesmos um sentido, um valor.

Recordo debates em que alguém, defendendo o aborto, desejava para si mesmo o alívio de não ter nascido.
A vida exige coragem e esforço. Por vezes, os desafios são tão grandes que nem isso basta: são indispensáveis os amigos. E, às vezes, nem isso é suficiente: é preciso estar muito perto de Deus.
Apesar de tudo, a vida também é sinónimo de felicidade. É como aqueles jogos de futebol em que chegamos ao fim transpirados, ofegantes, com alguma nódoa negra... mas que voltaríamos a jogar, ainda com mais entusiasmo.

Os animais não têm o imenso direito de serem felizes. Ficam-se por um contentamento animal, de instinto satisfeito.
Só nós, seres humanos, temos o direito de ser felizes, porque a felicidade é o fruto da liberdade. A liberdade convoca-nos a uma tarefa imensa, uma canseira para toda a vida. Poderá ser extenuante... Vale a pena!