Agência Ecclesia :: 2008.07.12
Terminou a I Convenção Nacional da Família sobre o tema “Desafios actuais da família”. Uma organização da associação In Família, com a parceria de outras associações de família e escolas de gestão, que pretendia ser uma referência nacional para todos aqueles que se preocupam com os assuntos da família e com os desafios que actualmente atravessa.
Terminou a I Convenção Nacional da Família sobre o tema “Desafios actuais da família”. Uma organização da associação In Família, com a parceria de outras associações de família e escolas de gestão, que pretendia ser uma referência nacional para todos aqueles que se preocupam com os assuntos da família e com os desafios que actualmente atravessa.
O presidente da Associação In Família, Fernando Almeida, explica à Agência ECCLESIA que a I Convenção Nacional quis reafirmar posições assumidas por todos quantos “se casam, pois comprometem-se para, em todos os quadros, estarem juntas”. A mensagem final deseja “reassumir o conceito de dom e compromisso para as nossas famílias”.
A Convenção queria abordar três grandes temas “essenciais para o contexto das famílias”, explica Fernando Almeida. Casamento e divórcio, liberdade de educação e a conciliação entre trabalho e família.
A Lei do divórcio, recentemente aprovada em Assembleia da República, foi abordada por Matilde Sousa Franco, deputada independente da bancada socialista, que advertiu que a nova Lei do Divórcio vai contribuir para um sério agravamento da violência e desagregação social.
A deputada prevê uma desagregação social e um aumento da violência, à semelhança do que aconteceu nos Estados Unidos e no Reino Unido. “É evidente que vai haver mais divórcios e uma desagregação social gravíssima, bem como um aumento da violência”.
Matilde Sousa Franco não entende por que é que o PS resolveu aprovar esta lei, “até porque tinham sido apresentadas há um ano algumas ideias pelo Bloco de Esquerda, este ano surgiram mais algumas… e foi-se atrás disso”, lamentou.
Fernando Almeida dá conta à Agência ECCLESIA que foi feita uma denúncia acerca da lei do divórcio. “Novos paradigmas de vida, alterações de valores éticos, morais e culturais”, explica, recordando que “é impensável que duas pessoas se divorciem por alteração das faculdades mentais de um dos cônjuges”. O Presidente da In Família explica que “isto é inumano”.
No que respeita à educação, “foi defendido o conceito de serviço público de educação, contra o que consideramos uma educação de cariz sufocador, que é o que tem vindo a acontecer em Portugal”.
Fernando Almeida explica ainda que se manifestaram contra “rumos burocráticos e ideológicos veiculados no nosso sistema educativo”, que “não dá lugar às famílias que querem apostar em projectos educativos familiares”.
No terceiro grande tema foi defendido o conceito de “integração entre o trabalho e a família”. Fernando Almeida explica que este modelo pressupõe que “uma visão integral da vida das pessoas”.
Existem ainda hoje alguns preconceitos e obstáculos que podem funcionar como agentes impeditivos para que as mulheres atinjam lugares cimeiros na escada empresarial. Esta convicção é de Maria Nuria Chinchilla, especialista mundial em conciliação trabalho e família e professora e investigadora nas Universidades de Harvard e Stanford.
O desafio para as empresas é para a igualdade, pois segundo a investigadora, “a maternidade é a principal causa de discriminação no trabalho”. Nuria Chinchilla defendeu que um dos principais problemas que se colocam em particular às mulheres, é o facto de “não termos tempo nem energia para construir famílias”.
Para Nuria Chinchilla, não há um, mas dois tectos que impedem as mulheres de alcançarem a “penthouse” profissional. O “tecto de cristal”, que encerra em si o escasso apoio existente, tanto em casa como no trabalho, e o difícil acesso à informação e à rede de contactos masculina. Acresce ainda o denominado “tecto de cimento”, que indica que de acordo com estatísticas apresentadas, 33 por cento das mulheres recusam promoções devido à dificuldade de conciliar trabalho e família.
A cultura de longas jornadas laborais, duplas e triplas (a saber, trabalho, filhos e, muitas vezes, pais inclusive) aliada à ausência da flexibilidade laboral, gera stress e consequentes doenças associadas. A investigadora salientou ainda a discrepância salarial entre homens e mulheres.
Com Rádio Renascença
Pode ler a notícia no site original AQUI.
Sem comentários:
Enviar um comentário