Ideia foi defendida por Núria Chinchilla, especialista mundial em conciliação e família que, ontem, participou na I Convenção Nacional da Família. A responsável defende a formação de empresas familiarmente responsáveis.
Nuria Chinchilla, investigadora espanhola e professora do IESE de Barcelona - uma das mais prestigiadas escolas de negócios da Europa - referiu ontem, em Braga, no âmbito a I Convenção Nacional da Família, que as empresas devem ser repensadas "à medida do homem e da mulher".
Especialista na triangulação família, empresa e esfera social, Núria Chinchilla sublinha a necessidade das empresas flexibilizarem horários e repensarem a forma como o trabalho é desempenhado.
"Devemos trabalhar por objectivos, por resultados e não por presença. Às vezes há a possibilidade de trabalhar em casa", sustenta a investigadora, acrescentando que o trabalhador não pode ser encarado como "uma máquina", mas como uma pessoa que tem uma vida fora do trabalho.
"Se tivermos isto em conta dentro de uma empresa, seremos muito mais produtivos, mais competitivos e podemos atrair e reter mais talento. O que se passa neste momento é que há pouco talento, pouca gente comprometida que dê o melhor de si", refere a docente.
Núria Chinchilla refere que 20% dos empregados dão o seu máximo, enquanto que os restantes 80% dão o mínimo. Porquê? "Porque estão cansados, porque estão desiludidos, porque não estão comprometidos. Isso, em parte, deve-se à forma como trabalham as empresas", prossegue.
Durante a sua intervenção na I Convenção Nacional da Família, evento que decorreu durante o dia de ontem na Universidade do Minho, e que foi promovido pela Associação 'In Família', a especialista em conciliação trabalho e família referiu que há empresas que são criadas tendo em conta as várias dimensões do trabalhador, aquilo a que designa por empresas familiarmente responsáveis que, em Espanha, representam 7% das estabelecidas no mercado.
Estas são instituições que "têm em conta a pessoa completa, com todas as suas responsabilidades também fora do trabalho", diz a docente de nacionalidade espanhola, acrescentando que há uma correlação muito forte entre as empresas familiarmente responsáveis e as melhores nos diferentes sectores.
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